terça-feira, 22 de novembro de 2011

A DIVERSIDADE RELIGIOSA É BOA?

“É entendimento da maioria dos umbandistas que a diversidade da religião é uma declarada democracia religiosa além de uma abertura grande para cada dirigente administrar e introduzir em seu Terreiro a filosofia que julgar conveniente. Entendo como interessante haver a liberdade para os umbandistas declararem suas opiniões a respeito.” Fernando Guimarães


Afinal, a diversidade é interessante e boa para a religião? Ou deveria ser codificada e assim unificada entre os terreiros brasileiros? Baseado na declaração acima faço essa postagem. Vamos conferir?

Camila

21 comentários:

  1. Mucuiu, Mãe Camila!

    Grande assunto este. Diversidade.

    Hoje, no país, há um grande movimento social e governamental no sentido de compreender e aceitar a diversidade. Vale para o negro, para os LGBT's, povos e comunidades tradicionais e, também, para a religião.

    Tratando-se exclusivamente da diversidade no tocante à umbanda, creio ser interessante algumas considerações.

    Sabemos que o termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.

    A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.

    Em relação à Umbanda, Pai Fernando é pontual, preciso: "É entendimento da maioria dos umbandistas que a diversidade da religião é uma declarada democracia religiosa além de uma abertura grande para cada dirigente administrar e introduzir em seu Terreiro a filosofia que julgar conveniente. Entendo como interessante haver a liberdade para os umbandistas declararem suas opiniões a respeito.”

    Mas a grande questão deste tópico é em relação às perguntas colocadas: "Afinal, a diversidade é interessante e boa para a religião? Ou deveria ser codificada e assim unificada entre os terreiros brasileiros?"

    A Umbanda, me parece, está saindo do período onde tudo é possível dado à diversidade. A desculpa para muita ação criminosa e que em nada contribui para o fortalecimento da nossa religião está com os dias contados.

    Diversidade, no sentido estrito da palavra é maravilhosa, pois permite que tenhamos liberdade no ritual e na compreensão na religião.

    Mas é fundamental que tenhamos uma codificação sim, não para engessar, mas para nortear como será nossa Umbanda daqui para frente.

    Afinal, até quando teremos que ouvir que, graças a diversidade, se mata animais e se cobra dinheiro para que a "magia" ou o "trabalho" funcione?

    Tantos e quantos são os exemplos que ouvimos por meio de relatos trazidos a nós no TPM diferentes da Umbanda Pés no Chão que praticamos? Quando digo diferente não é em termos de ritual, mas em termos de prática! Como ela é exercida.

    Codificar a Umbanda, e esse é um papel para poucos, representa, na prática, dizer que Umbanda é Umbanda. Não existe Umbanda Branca, Umbanda Esotérica e por aí vai.

    Codificar a Umbanda é levar a Umbanda para sua simplicidade. É mostrar que não se inventa. É observar. É ter o bom senso como diretriz para desenvolver este trabalho. É ter a Umbanda, mais do que nunca, com seus Pés no Chão.

    Sim, Mãe Camila, na minha opinião, codificar a Umbanda é unir aqueles que trabalham pela Umbanda do Brasil. A Umbanda da música, do amor, dos espíritos, verdadeiramente. A Umbanda da natureza. A Umbanda que agrega pela alegria do umbandista!

    Espero que nossos irmãos de corrente, nossos dirigentes, coloquem, sem medos, suas opiniões. Estamos aqui para construir juntos.

    Tenho certeza que estamos em um novo caminho. Agora, é a hora estudar e, graças ao nosso conhecimento adquirido ao longo de tantos anos, formar. A Umbanda, de verdade, entra na Era da Educação!

    Saravá!

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  2. Saravá Povo de Umbanda!

    Estou há meses sem me manifestar aqui, mas acompanho sempre, afinal aqui se aprende muito e como não há dono ou dona da verdade, ninguém nasce sabendo...

    Resolvi emitir opinião hoje por força maior. Senti que fui convocado pelos espíritos (e pelo Pai Fernando : ) a deixar aqui minha modesta e humilde opinião, com respeito à questão colocada.

    Então, penso que todas as pessoas devem ter o direito de escolher sua religião, de maneira isenta e independente, agindo de acordo com sua consciência e de acordo com a vontade de seu próprio espírito.

    Escolher uma religião é pedra fundamental à evolução da alma, e para que isto ocorra, creio que devemos respeitar e aceitar as outras crenças mutuamente.

    Se a biodiversidade é importante para a vida na Terra, seja em que camada de gênero ou espécie for, concluo que sim! Tanto na Umbanda como em qualquer outra religião, basta ler o livro da humanidade para entender que isto é natural.

    Afinal quantas igrejas nasceram - tendo cada qual sua peculiaridade e particularidade - do cristianismo, judaísmo, budismo, e assim por diante? Por que na Umbanda seria diferente?

    Cabe a cada religioso ou religiosa fazer a estrela de sua fé brilhar mais que as outras, ou não. Trata-se de livre arbítrio.

    Quanto as demais religiões também creio ser relevante lembrar aqui; aproveitando o tópico, que o diálogo inter-religioso talvez seja o mais importante passo que a humanidade pode dar em direção aos proféticos mil anos de paz.

    SIM, A DIVERSIDADE RELIGIOSA É BOA!

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  3. Acho que seria péssimo qualquer tipo de codificação, até porque a beleza da umbanda esta nessa diversidade.
    Seria praticamente impossível isso hoje em dia, levando em conta o quanto diferente são os terreiros e suas filosofias. E como dizer qual estaria certo, se os meios são diversos mas o fim se atinge da mesma forma??
    Porém, ainda acho que bom senso, ética e fundamentos básicos como: não cobrar, não fazer nada de ruim e não utilizar do sangue, seria muito interessante de prevalecer!

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  4. Camila e Pai Fernando

    Tenho para mim que para todo ser humano Deus possibilitou um ou mais caminhos para chegarmos a Ele. Entendo hoje que cada um se afiniza com determinado ritual, energia, valor. Quando penso em unificação e codificação da Umbanda, isto me incomoda, por que é um contra fluxo de tudo que temos vivido no mundo, em todos os campos: na política, na sociedade organizada, no pensamento ecologico. Todos os muros têm caído e assim somos obrigados a conviver e aprender com o diferente. Tudo que remete à centralização, fechamento, rigidez e auto proteção religiosa me cheira a fanatismo. Me explico: quando alguém se coloca como detentor de um saber, uma verdade e esta verdade deve ser protegida do outro, das maculações do outro, das visões "distorcidas" do outro, está dizendo que é incapaz de conviver. A minha verdade serve a mim e talvez para alguns, ou para muitos, mas CERTAMENTE NÃO PARA TODOS. Para mim, cada panela tem sua tampa. Se para fulano é sagrado cultuar Exu como Orixá, que ele o faça com integridade e respeito ao outro e por aí vai. Acho que a riqueza da Umbanda está aí, na sua diversidade. Cada terreiro tráz seu axé, seus valores, suas entidades comandantes. Cada terreiro é um caminho para seus filhos, um caminho para trabalhar e evoluir ajudando o próximo e aprendendo com seus erros e acertos, pois todos somos seres em constante evolução, portanto passíveis de erros. Encaixar milhões de umbandistas numa norma só é fazer com que percamos a beleza da diferença. Nem todos gostam do AMARELO, mas os que gostam têm a liberdade de encontrar um lugar onde o AMARELO seja a cor preferida de todos. União e respeito apesar das diferenças, esse é o tema do nosso século. Não há mais espaço para fechamento. É o que penso. Saravá!!

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  5. Camila e Pai Fernando

    Tenho para mim que para todo ser humano Deus possibilitou um ou mais caminhos para chegarmos a Ele. Entendo hoje que cada um se afiniza com determinado ritual, energia, valor. Quando penso em unificação e codificação da Umbanda, isto me incomoda, por que é um contra fluxo de tudo que temos vivido no mundo, em todos os campos: na política, na sociedade organizada, no pensamento ecologico. Todos os muros têm caído e assim somos obrigados a conviver e aprender com o diferente. Tudo que remete à centralização, fechamento, rigidez e auto proteção religiosa me cheira a fanatismo. Me explico: quando alguém se coloca como detentor de um saber, uma verdade e esta verdade deve ser protegida do outro, das maculações do outro, das visões "distorcidas" do outro, está dizendo que é incapaz de conviver. A minha verdade serve a mim e talvez para alguns, ou para muitos, mas CERTAMENTE NÃO PARA TODOS. Para mim, cada panela tem sua tampa. Se para fulano é sagrado cultuar Exu como Orixá, que ele o faça com integridade e respeito ao outro e por aí vai. Acho que a riqueza da Umbanda está aí, na sua diversidade. Cada terreiro tráz seu axé, seus valores, suas entidades comandantes. Cada terreiro é um caminho para seus filhos, um caminho para trabalhar e evoluir ajudando o próximo e aprendendo com seus erros e acertos, pois todos somos seres em constante evolução, portanto passíveis de erros. Encaixar milhões de umbandistas numa norma só é fazer com que percamos a beleza da diferença. Nem todos gostam do AMARELO, mas os que gostam têm a liberdade de encontrar um lugar onde o AMARELO seja a cor preferida de todos. União e respeito apesar das diferenças, esse é o tema do nosso século. Não há mais espaço para fechamento. É o que penso. Saravá!!

    Desirée Bianeck

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  6. Bom dia, Mãe Camila.

    Eu entendo que devemos primeiro pensar o que seria a codificação e como se daria essa codificação.

    Pois, se falarmos em codificação a que todos seriam obrigados a seguir, acho que seria menos construtivo.

    Me explico, conforma todos sabemos existem diversas umbandas, Umbanda Branca, Umbanda de Mesa, Umbanda Exoterica, Umbandas Pés no Chão, Umbanda Sagrada.

    Como dizer qual a correta? Como unificar as umbandas e codifica-lá?

    Entendo que seria bastante dificil nesse ponto, mas acho que a codificação dos PRINCIPIOS DA UMBANDA devem ser codificados, pois esse é unico.

    Como por exemplo: não cobrar pelos trabalhos, não matar animais, mediuns de branco, exus são entidas da lei e NUNCA fazem o mal.

    nesse ponto eu vejo a codificação como mais que necessaria, mas no sentido latus acho que ficaria bastante inviavel a sua codificação.

    E outro ponto quem seriam as pessoas que veriam essa codificação? Pois eu vejo a necessidade de se codificar para os terceiros que vem ao centro e precisam reconhecer a umbanda, assim como um catolico reconhece uma igreja e um espirita reconhece um centro KARDECISTA.

    Mas acho que esses não ligam tanto para esse ponto, entendem a umbanda como um simples PRONTO SOCORRO que quando preciso está lá, que caboclo é indio que brada, que exu é esquerda.

    O Medium mesmo lendo acaba acatando o que o seu centro faz e acaba achando correto, quantos mediuns de centros que matam animais acham que é umbanda e esse é o correto? Mesmo conhecendo outros centros?

    Quantos mediuns acham super normal umbandoblé, e acham que esse é o correto, e acham por exemplo o centro que não faz diferente?

    Eu vejo um problema na codificação o seu publico alvo, porque a COdificação da Umbanda do Pai Maneco será plenamente aceito pelos mediuns do Pai Maneco, mas não será aceito pelos Mediuns da Umbanda Esoterica.

    Por isso, vejo que a codificação tem de se dar em principios basilares, conforme explicitei acima, contudo, outros pontos têm de se continuar aberto a entendimento diversos.

    Não sei se consegui explicitar da melhor forma, mas espero ter conseguido dar um pitaco no assunto.

    Obs.: Quem já leu o livro do Alexandre Culmino consegue analisar o problema que se deu nos primeiros congressos Umbandista com as discussões sobre o nascimento da UMBANDA, o siginificado da palavra, entre outros.

    Cada expositor achava que o seu estudo era o mais correto, vejo esse problema caso ocorra uma futura codificação.

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  7. "- Meu filho, eu, o humilde preto-velho, sei que sou justo. Não poderia ser diferente, se vivo entre eles. Isso não é vaidade, é conscientização. Serei vaidoso, se quiser ser o mais Justo entre os Justos." Quem leu o livro do Pai Fernando Guimarães conhece estas palavras, e creio mesmo que elas são o pilar de nosso terreiro, pois foram ditas pelo Pai Maneco logo que pai Fernando aceitou ser pai de santo.
    Não é a diversidade que leva às coisas que ocorrem de errado querido Rodrigo, é a falta de caráter das pessoas que praticam o mal.
    Se partir uma codificação da Umbanda do Terreiro do Pai Maneco não estaríamos nós tentando ser os mais justos entre os justos? Creio sim que devemos estudar a Umbanda, perceber como ela influi no cotidiano das pessoas, como ela cura, como ela harmoniza, como ela suaviza nossos passos sobre esta terra e mostrar isto às pessoas de uma forma geral. Mas codificar nunca.
    Veja se Umbanda é a manipulação das energias da natureza, tomemos o Bioma da Mata Atlântica como parâmetro. As Araucárias que fazem parte dela aqui no sul, não fazem no norte do país, mas continua sendo o Bioma da Mata Atlântica. Umbanda praticada com amor ,fé e caridade e que não seja a que tenha a filosofia do Terreiro do Pai Maneco continua sendo Umbanda, ou não?
    Creio sim na necessidade de código de ética, como já disse o pai Fernando. E isto pode ser feito em comunhão com todas as filosofias dos mais diversos terreiros.
    Rituais diferentes, filosofias diferentes não mudam as entidades que querem trabalhar em prol dos menos favorecidos, dos doentes, dos que perderam entes queridos. O Terreiro do Pai Maneco é sim maravilhoso, mas não é o único cujos filhos trabalham com amor, dedicação e verdade. Apoio completamente a diversidade na fé ,amor e caridade.

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  8. Pessoal,
    não vou responder comentários individuais, justamente pelo fato da postagem ser opiniática. Mas, ao final deste tópico, eu e Pai Fernando iremos tecer comentários sobre o assunto. Então, esperamos mais comentários.
     
    Axé,
    Camila

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  9. e.t. quanto a decodificação, me parece entropia, ao passo que a Umbanda de hoje não é a mesma de ontem e a de amanhã também já não será a mesma Umbanda...

    se evoluímos aqui na Terra, no astral a evolução deve ser bem mais rápida...

    então quando acabar de escrever a decodificação da Umbanda, o astral já terá interposto uma série de adendos...

    prefiro perguntar a Preto e Preta Velho e estar sempre bem informado, ao ler tratados que amanhã que já não serão mais reflexo da verdade de hoje.

    claro, nada impede que as pessoas escrevam e compartilhem conhecimento, mas todos devem saber que este conhecimento não é pleno e muito menos imutável.

    a própria ciência, que é tida como exata, muda todos os dias, com novas descobertas e quebra de antigos paradigmas.

    bom, já falei muito, ou melhor, teclei muito, o resto é mironga de congá. rsrs... quem quiser saber sobre a Umbanda que pratique Umbanda.

    SARAVÁ!

    beijos Mãe Camila, abraços Pai Fenando!

    AMO VOCÊS!

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  10. Acho justamente essa liberdade,essa diversidade,a grande Força da Umbanda.Os filhos de fé, se afinizando ao terreiro que mais alimente suas crenças e necessidades.

    Axé!

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  11. Na minha opniâo a diversidade na Umbanda é importante e sempre vai existir... pois cada terreiro tem sua filosofia de base.. como a do TPM que veio de uma linha kardecista , assim como outras, principalmente do Norte derivadas de uma linha mais africana, bem como os esotéricos que identificam, a origem desta organização de espíritos em outras fases remotas da existência humana...... A respeito de uma Codificação acho que seria valida, para que as pessoas que frequentam os terreiros, mesmo sendo de outras religiões pudessem assimilar melhor nossas praticas, para ter maior entendimento..... ajudando através do livre arbítrio o equilíbrio de seu processo espiritual, bem como aos Médiuns que muitas vezes são excelente "cavalos" e como seres humanos ainda tem muitas inseguranças , duvidas, fraquezas por falta de compreensão dos processos do astral...

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  12. A diversidade e a codificação atuaram de diversos modos ao longo da historia das religioes. Essa questao eh polemica e pode ser abordada de diversos angulos. Na Umbanda a codificacao tem sido discutida ha tempos mas, atualmente a maior parte dos estudiosos e pesquisadores serios parecem entender que a codificacao representa uma intervencao na filosofia e no funcionamento de cada terreiro. A diversidade eh decorrente disso. Embora possa dificultar a representatividade politica fortalece a identidade de cada terreiro .

    Quanto a unificacao da etica, mais que um codigo a etica engloba a pratica nos terreiros e na vida de cada um, pois falar o que se quer ouvir eh bem mais facil do quer exercer de fato o que se diz. Axe. Sidney

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  13. Boa tarde! Pai Fernando e Mãe Camila
    Codificar a umbanda seria engessar a evolução da mesma, pois estaríamos presos aos conceitos individuais dos mais influentes sobre os que menos tem poder de ação. Seria tirar a liberdade de agir de cada ser. O importante, acima de qualquer outra coisa é:
    Que os dirigentes responsáveis pelos terreiros entendam que o amor incondicional, o amor Divino seja a mola propulsora para alcançar a evolução individual e coletiva.
    Que os dirigentes estejam imbuídos em repassar(transmitir) os conhecimentos para que que se fortaleça cada vez mais a união de todos os seres.
    E acima de tudo que se respeitem as diferenças, pois àqueles que não comungarem dos mesmos ideais nossos, poderão estar tão certos quanto nós, mas apenas seguindo caminhos diferentes.

    Gonsalves - Sábado

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  14. Boa tarde Camila e Pai Fernando!

    Na minha humilde opinião a diversidade é um valor muito importante da Umbanda. Ela abre para questionamentos o que acredito que gera conhecimento.

    Acho que codificação devia ser outra coisa. Não "engessar" a religião tirando sua liberdade, mas quando ouvimos alguém falar "Sou Umbandista" deve existir uma base em comum, como praticar caridade, não cobrar, não utilizar sangue em seus rituais.

    Sou a favor de uma codificação justa, delimitando apenas os princípios básicos que mantêm a essência da Umbanda em todos os seus Terreiros.

    É só minha opinião..

    Saudades,

    Alice Floripa

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  15. Venho sempre acompanhando o site do PAI MANECO o blog quero dizer que estão de parabéns pelos trabalhos realizados.

    “Diversidade”
    O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.
    A idéia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.


    *Esse dia atrás conversando com minha tia ela me perguntou, porque vocês umbandistas não fazem visitas a outros terreiros e denominações diferentes, encontros etc.Não tem tanta ligação assim um com outros?

    Naquele exato momento fiquei sem o que dizer, de repente sentir a presença do velho Benedito das almas assim do lado soprando em meu ouvido... ’’Filho,enquanto os irmãos viverem em mundo de disputas assistenciais a diversidade não vai existir,ou seja só vai existir disputas,mistificações ciúmes etc. Ha humildade tem que esta sempre viva para se diversificar”

    Meu ponto de vista: hoje em dia vivemos em um século de constantes evoluções, da para percebe, e, algumas denominações a evolução de cada, por exemplo: O catolicismo caiu muito os números adeptos, os protestantes, cristãos etc. Está crescendo e se diversificando cada dia mais, pois são unidos estão sempre ali na fé!
    Meu sonho era que fossemos todos unidos, em cada bairro, cidade, país que fossemos teria sempre uma tenda de umbanda para nos ajudar sempre, tendo somente a caridade como código. Mas infelizmente existem muitos filhos que se dizem umbandista, mas esta ali sempre na demanda no sacrifício etc. Amedrontando assim mais adeptos a nossa umbanda. Poderia esta muita mais diversificada se não fosses esses mistificadores,e enganadores.
    Código: CARIDADE AMOR E PAZ!
    Terreiro Caboclo Da Mata Virgem

    Médium: Gustavo Silveira (G.U.C.M. V *Guerreiros de Umbanda*)

    Dirigente: Mãe Física (De 76 anos de idade há 60 anos praticando caridade)

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  16. 19. "O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, Zambi, O CRIADOR, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas uni meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento." Filosofo religioso Agostinho (Paris, 1862.) "Não lamente aquilo que não pode morrer" (Caboclo Akuan para o Pai Fernando na Super Gira/2011 - falando do Espírito Imortal!) e, na física: "tudo se transforma; menos, a partícula primordial"!!!"... Então, vamos lembrar dos ensinamentos na declaração do Caboclo Sete Encruzilhadas!!!.. - do índio, caboclo brasileiro que anunciou a Luz da Umbanda, há mais de 100 anos! E, como Ela deve ser, o Caboclo falou em várias linguas!
    ...Agora, nas estéticas diversas dos ritos: fica a conta de cada um?!.. Vale lembrar, que na Umbanda não há sacrifícios!!!!
    Umbanda, penso: se faz de doação (trabalhos, GIRAS); Amor e Coração Fraterno!
    Umbanda, não quer sangue, nem dinheiro!E, Nela, tem tanto Amor, que está acolhendo, também, aquele que, mal e mau, quer!
    Enfim, Ela, a UMBANDA, já não pode morrer porque está partícula primordial está em todas! Então, não lamente!
    ENTÃO< vamos educar bem os filhos desta nossa aldeia; de Pés no Chão e, de Portas Abertas! Penso assim!
    Um Grande Abraço Fraterno! Bitty ---
    [Também, me incomoda, a idéia de uma codificação!...];[sempre tem gente querendo vomitar regras!]
    Eu vou seguindo e caminhando na Umbanda do TPM, e, vc?...

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  17. Entendo que diversidade é tão natural quanto a vida na Terra. Somos diferentes dentro de casa, em nossas familias individualmente, com caracteristicas e opiniões próprias, diferentes em nossos trabalhos e profissões com percepções particulares. Somos diferentes até mesmo em nossa corrente e servindo como aparelho as entidades, pois cada médium ali tem sua energia unica.
    Entendo também que para tudo que fazemos temos limites e parametros que nos enquadram em um grupo, sociedade, religião e outros e que libertade não pode ser confundida com libertinagem. Por isso mesmo acho apropriado lembrar de algo que está registrado inclusive no site do terreiro:

    "Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

    Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

    "Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".

    Sendo dessa forma, já temos as normas, condutas e ética a seguir.

    Penso eu dessa forma!

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  18.  Achei muito interessante a colocação do Gustavo Silveira do Terreiro Mata Virgem, talvez porque tenha afinidade com a idade de sua Mãe de Santo que tem 76 anos, também a minha idade. Já vi de tudo no espiritismo, mas tem muita coisa que não gostaria mais de ver. A euforia sobre a diversidade é muito compreensível por ser quase uma unanimidade, porém ela acoberta muita mentira. Prova disso são alguns dirigentes que falam em alto e bom tom que a diversidade a liberdade da Umbanda e ao mesmo tempo não permitem que seus filhos de corrente visitem outras casas e, pasmem, com a defesa que eles podem se confundir com outra filosofia. Conversando com a Camila ela vai postar um novo tema para complementar esse. Gostaria de muitas opiniões.

    Fernando

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  19. A diferença entre o que se fala e o que se faz está presente em todos os campos de atuação humana. Ja vi isso em outras religiões, em instituições de caridade, em instituições de ensino etc.. penso que não é um livro, ou regras estabelecidas que impediriam a contradiçào. A codificação não impediría isto de maneira nenhuma. Alías, psicologicamente quanto mais regras mais proibições,mais chance de desvirtuamento, haja vista as religiões neo-pentecostais e o catolicismo ortodoxo. A sombra humana, seus defeitos, sua maldade só se reforçam com o encobrimento. Deve-se trazer a luz as contradições, não fazer mais leis proibitivas. Acredito em conscientização, pensamento, pesar prós e contras. Toda religião é caminho de evolução, mesmo com percalços. É o que penso.

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  20. A Umbanda é diversa porque é uma religião muito nova ainda. Ela traz verdades espirituais que se de um lado são tão evidentes, de outro a nossa cultura ainda não está adaptada para recepcionar. Vai levar algumas gerações esse processo.
    Axé

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  21. E ainda, imaginem nossa sociedade sem o Código Penal? Sem o Código Civil? Seria anarquia! Nosso terreiro é a mesma coisa, é uma pequena sociedade que está crescendo, mas que ainda não possui regras claras. As regras existem para possibilitar um convívio harmônico em sociedade, sem regras só existe anarquia.

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