segunda-feira, 29 de março de 2010

MENSAGEM

O artista Eriberto Leão quando recebeu o premio de melhor ator do ano, na frente de todos os telespectadores da poderosa Globo, deixou de lado a alegria de sua vitória para pedir a todos que se conscientizem da necessidade do homem respeitar a mãe terra e a Natureza pedindo amor para nosso planeta. Eriberto Leão, tomara que todos os anos vc esteja na tela, com um premio na mão, pedindo ao ser humano que seja mais zeloso com o patrimonio divino, a Natureza. FMG

quinta-feira, 25 de março de 2010

TEMA LIVRE -30-

Para facilitar o manejo com o Blog, criei o Tema Livre n.30, onde deverão ser postados os comentários. Muitas postagens têm sido feitas em tópicos antigos, o que dificulta bastante a leitura para os que acompanham esse blog. Todas as duvidas, discutidas e respondidas, é de grande valia para o entendimento da Umbanda, e esse é o objetivo do Blog do Pai Maneco. Não só por ética mas como também pela estrutura do blog, não posso alterar as postagens. Existe uma postagem assinada por Daiane no Tópico Atendimento aos Animais que não tem nada com o texto remetido. Por essa razão se a Daiane quiser que faça novamente a postagem agora neste Tema Livre -30-. FMG

sexta-feira, 19 de março de 2010

ATENDIMENTO AOS ANIMAIS

Para que seja dado cumprimento ao objetivo do atendimento aos animais ou aves de estimação, conforme já foi objeto deste blog, seguindo o principio do Ricardo Barreira, do Umbanda Fest, foi designado para implantar os rituais, o Pai Jussaro que pediu a todos os médiuns do TPM que se disponham a participar da iniciativa que escrevam para esse Blog ou diretamente com ele pelo e-mail jussarocunha@yahoo.com.br FMG

LINDO TEXTO DA CAROLINE LIPCA

“A mata estava escura/ um anjo iluminou/ no centro da mata virgem/ foi
S. Oxossi quem chegou”
Qualquer um que entre, após a descida de S. Tupinambá, pode vir a
pensar em histeria coletiva. O som do atabaque é alto, tanto que abafa
as vozes e a conversa dos mais distraídos – além da explicação para os
mais curiosos. Pois descem, um por um, rodando, bufando, aos brados,
prontos para a caça. Não são arquétipos de anjos celestes, com
repertórios de harpas e flores. Aqui não há espaço para ingenuidades.
São mais, são sábios, matreiros, fortes e guerreiros. São caboclos de
Oxóssi que chegam com suas flechas, bodoques, apitos e cocares, trazem
as ervas, a água e a luz de Aruanda.
Sento-me junto à cabocla que repete para que eu bem entenda: um é
complemento do outro. Explica-me a unidade do pequeno conjunto de
elementos em sua tábua para que eu entenda o todo. Pois a luz é que
faz crescerem as plantas, que vêm das sementes e dão frutos e folhas.
E as folhas pertencem ao céu. E confirmo que o céu é dos caboclos.
Venho para ganhar um abraço, um colo. E posso falar da minha
abstinência, que é de luz. Pois já me havia dito meu pai Xangô que é
isso que vamos todos buscar lá – embora algumas vezes não saibamos.
Concordo, de pálpebras cerradas, relembrando. E afirmo que quem não
tem olhos de ver, ainda assim tem o corpo para sentir. É só tentar.
Pois no frescor da mata e no alívio das dores é onde vibra Oxossi. E o
tapinha no rosto, seguido do sorriso largo, isenta qualquer desordem
em minha mente. Saravá meu pai Tupinambá! Já me encontro salva dos
meus demônios. Mas ainda não vou. Minha saudade é essa, mas também
outra, e espero mais um tanto.
As despedidas são feitas e vão-se todos, embora pra cidade da Jurema,
“vão ser coroados na cidade da Jurema/ com a coroa de guerreiro da
cidade da Jurema”.
(Então vem escorrer sobre todos o rio dourado, a vibração pacificadora
de Oxum. Vem trazer amor, união, placidez e bem-estar. Um alento para
as vistas e a alma dos aflitos. Chega girando lenta, delicada, para
embalar os filhos que vem buscar ajuda.)
Diferente de Oxóssi, em seu etéreo verde de largo sorriso, Ogum traz o
peso do metal e os olhos de fogo. É ali, no centro do terreiro, quando
os atabaques esquentam, que desce S. Sete Ondas. “Que bela surpresa/
vem de Aruanda nos abençoar.” E é só o começo. Vêm ainda muitos
outros, como soldados, em ordem, em peso e tamanho, em gana e
seriedade. São astutos, diretos, cortantes e certeiros. Por trás de
cara fisionomia fechada, um caboclo faz valer suas armas. Ogum é
trabalho, dedicação, e é amor também.
Não perco minha deixa e chego ali, na fila de espera, para ver se
ganho o abraço que fui buscar. Ele não tarda, nem falha. “Venha cá,
Caroline.” E o enlaço, numa das poucas formas que os limites desse meu
corpo permitem acarinhar um amigo querido, um protetor leal – a quem
eu tanto devo. “Eu sei tudo que acontece com você.” E não duvido. Quem
duvidaria? Afinal, depois de trazer alguém à tona, se pode ainda
ensinar a respirar. E ele acompanha todo meu inspirar e expirar. Sem
nenhuma condenação. As broncas vêm, é certo, mas com carinho, como as
de um pai cauteloso.
Oferece-me, ali ao lado, um amigo novo para conversar. Temos quase a
mesma idade. Ele sete e eu doze, no máximo. Seu pai fica no meio, pois
é hora de tratar das chagas.
São homens e mulheres, ali sentados. Todos com suas dores e seus
problemas. Os semblantes são sérios e entristecidos. O colo de que
precisam ainda é maior do que aquele que eu buscava. Mas é menor do
que Ogum vem oferecer. “Gira, gira, gira dos caboclos.” E se houvesse
imagem para definir o trabalho, seria algo como uma grande enfermaria.
Saem dos corpos afiadas farpas de desgosto, o denso pus da solidão,
são abertas e vazadas todas as feridas de tristeza. E para a limpeza
daquilo que sobra: Caboclo da Pantera. Chega para recolher e levar
aquela toda a sujeira, vem fazer a assepsia do espaço, para que cada
um possa ir embora limpo.
(Mas ninguém de lá sai antes de receber o amor da grande mãe. Vem
Iemanjá, a espalhar toda sua luz azul. Chegam sereias de todos os
lados a sussurrar e murmurar votos de amor, alegria e felicidade para
os filhos. Trazem nas mãos a água salgada, que limpa e purifica toda a
carne aberta, todo o espírito ferido.)
Meu amigo, ali sentado, canta todos os pontos e explica, baixinho,
como gosta de Iemanjá e Oxum. Isso talvez porque seja ele também um
gigante. Espírito não marca idade e não tem só o tamanho do corpo. É
algo como a brabeza das pessoas pequenas – que geralmente é enorme.
Um tempo para respirar, parecia. Um ponto de Ogum ao fundo. Mas quem
respira quando caboclo quer trabalhar? Ponto de Ogum ao fundo, pelos
lados, por cima da cabeça, nas paredes. Eis que se apresenta o
primeiro guerreiro. Com a fronte cerrada, girando com velocidade, ele
chega, agitando a médium compassadamente. A energia se espalha. (Essa
é sua força, filha.) Não precisa nada mais para que venham ainda
outros. Ritmados. Brandindo suas armas, voltando ao combate. Ogunhê! A
energia cresce, cresce e sobe. Em volta da corrente, uma alta
barreira, como uma muralha. Como disse, Ogum é amor e vem cuidar dos
seus filhos, proteger os filhos de sua casa.
Mal desincorpora a ogan e é posta ali, com atabaque e tudo, no centro
da pequena sala. Uma de cada vez, as palmas tocam o couro. Veloz e
cada vez mais. Como os músculos que sofrem, o coração pulsa. “Ogan
toca pra Ogum” – que Ogum vem. Três, ali no centro, a curimbar.
Nenhuma palavra, nenhum sorriso, mas a dança revela. Cada pé que bate
no chão como o passo do sangue nas veias. O cuidado cadenciado dos
espíritos em cada pulsar de energia ali, em volta de quem precisa.
Difícil não se emocionar com tanta delicadeza. Ainda mais pra mim,
essa eterna manteiga derretida. Mas então a hora tarda. Depois do Pai
Nosso, um abraço nos amigos dedicados, que estão ali entregues, a
serem os emissários pelos quais podemos conversar e abraçar nossos
outros tantos amigos e protetores espirituais.
“A Umbanda é paz e amor/ um mundo cheio de luz/ é força que nos dá
vida/ e a grandeza nos conduz”.
E é por tudo isso e muito mais que eu digo “Salve!” à corrente de
ferro e de aço do Caboclo Akuan – que me deu de presente esse vício
bom de macumba, de aprender com os espíritos e esse amor ao saravá!
Axé! – como diria meu pai de santo.
Esse texto foi escrito após a ultima gira de 4a. feira do TPM.,FMG

terça-feira, 9 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

E AGORA?




Estamos publicando um post tirado do blog Anauê motivando os umbandistas a fazerem suas declarações no censo 2010. Entretanto, aviso a todos, que não tem espaço no censo para a coluna dos umbandistas católicos. Ou é ou não é! FMG

A BRAVURA POR SI MESMA E TÃO BOA COMO A MAGIA

Essa frase abre o livro Umbanda: Crença, Saber e Prática, escrito por Míriam de Olaxá, a Míriam Prestes.

quinta-feira, 4 de março de 2010

UMBANDA E CATOLISMO PODEM SE MISTURAR?

A diversidade da Umbanda inegavelmente abre um espaço enorme e traz a todo dirigente a responsabilidade de responder pela Umbanda. Só que tudo tem limite. O direito da diversidade é dentro da Umbanda e ninguém pode misturar umbanda e catolicismo ou outra religião qualquer, exceto o Candomblé que, mesmo sendo outra religião, tem grande afinidade com a Umbanda já que suas origens são praticamente a mesma. De forma que se alguma entidade da Umbanda receitar ao consulente algum ritual do Candomblé, embora não seja correto e eu não goste, ainda fica dentro do patamar do aceitável. Mas, dentro da Umbanda, uma entidade recomendar qualquer ritual do catolicismo, como rezar missa, acender vela na escadaria da igreja e se benzer com água benta, acho uma atitude totalmente vinculada à cultura do médium e nunca do espírito. Acho que todos devem se cuidar para que isso não aconteça. Quero ouvir a opinião de todos. Está postado o tópico e aguardo os comentários. FMG