Li sua Minha Opinião de março e com sua permissão gostaria de comentar como senti.Tem uma frase no meio de sua opinião, que foi o que mais teve peso para minha pessoa. " ... deve ser feito com muito critério e bom senso".No Site do Terreiro há um item sobre Hierarquia, onde diz que é inquestionável as decisões do Pai de Santo, por se entender que elas interpretam a vontade dos espíritos responsáveis pelo Terreiro. Diz também que o cuidado com o Templo Umbandista é muito complexo e que temos a responsabilidade na mão e, por isto, fica sob austera vigilância. Por isto existe a Hierarquia ( Pai e mãe Pequeno) cumprindo esta obediência para que os trabalhos sejam rigorosamente dentro da linha pré-estabelecida pelos Dirigentes Principais. Diz ainda que discordâncias e não aceitação de mando levam os membros a uma ruptura da hierarquia... mandar e ser mandado não pode ser confundido com prepotência e submissão...Acho que este item (hierarquia) , creio que escrito também pelo Senhor, ajuda a esclarecer mais o nosso trabalho ( de hierarquia )Acho mesmo importante termos bem claro dentro de nós ( hierarquia ) que interpretamos e praticamos a vontade dos espíritos responsáveis pelo Terreiro .Se sou prepotente as vezes, peço que me perdoem, não sei até mesmo se posso chamar de prepotência ou autoritarismo, pois creio que acabo ficando cega pela austera vigilância que nos cabe e não entendo no momento em questão como prepotência ou autoritarismo, sei lá, mas sim como cuidado, no entanto não justifica a atitude acho... Estou aprendendo...e para tudo nesta vida precisamos ter muito critério e bom senso (hierarquia e médiuns), não é mesmo Pai Fernando?!Obrigado pela aprendizagem! Suas palavras são sempre sábias.Ia colocar esta mensagem no seu Blog ,mas o Sr. está na minha frente alguns anos, não sei entrar no blog para colocar algo que não seja em relação ao que já esta lá como assunto. Não fique "Rindo de "mim" Sr. Fernando, um dia aprendo também a fazer estas coisa de blog etc e tal... então enviei este e-mail.Um Abração para o Sr.Tania Fittipaldi bergstein
Tania:
Acho que este texto Minha Opinião março escrita no site www.paimaneco.org.br não deve ser entendido como destinado a alguém. O que mais eu sempre quis é que os médiuns da corrente entendam sua parcela de responsabilidade na estrutura do terreiro. No momento que existe a designação de hierarquia, entende-se um escala de mando e obediência. No terreiro, começa na mãe ou pai-de-santo ao médium. Pergunto: quem manda na mãe ou pai-de-santo e em quem o médium manda. Não se forma uma seqüência lógica. Para que se chegue naquilo que eu imagino, o nome hierarquia deve ser substituído por outro nome, Diretoria talvez. O dicionário já diz que hierarquia é quando existe a idéia de superiores e dependentes, enquanto Diretoria, só qualifica aqueles que dirigem, no caso atribuição também dos médiuns. Vou guardar ainda alguns fatos para serem postados no momento oportuno. FMG
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Sr Fernando...
ResponderExcluirTalvez hierarquia ate possa ser usado. O equivoco não está só na palavra, mas na ação, ou seja na forma de exerce-la. Poder demais ou de menos causa problema. A democracia exige complexo equilibrio e regras.
abraço
Sidney
Por coincidęncia postei ontem no orkut do terreiro a seguinte mensagem no forum: " Gostaria muito de ver no nosso blog a opiniăo de pais/măes de santo do terreiro ,bem como dos capităes e ogăs, porque além de acrescentar muito em termos de conhecimento,vai fazer com que conheçamos um pouquinho mais deles-diminuindo a distância e aumentando o respeito. Axé pra todos!".
ResponderExcluirAi...Ai...
ResponderExcluirTudo isso é tão complicado pra mim...Para ter uma harmonia entre os " cargos" tem que haver muita convicção de onde está trabalhando. Acreditar nos trabalhos firmemente. Ter muita admiração com a doutrina da casa, enfim sentir como se fosse uma das veias de seu corpo.
Saravá.
Luna:
ResponderExcluirAcreditar nos trabalhos firmemente, ter admiração com a doutrina da casa e sentir como fosse uma das veias de seu corpo, depende apenas de ligação mais aberta entre médium e dirigentes. FMG
Sidney:
ResponderExcluirSe a palavra inicial está errada o resto é decorrencia disso. FMG
Como disse Françoise Dolto:
ResponderExcluirA palavra, esta é a grande descoberta da Psicanálise; a palavra é a mediadora de tudo que se passa em nós (...) desde que possa ser dita e escutada, falada e assumida.
abraço
Sidney Oliveira
Pai Fernando, Mucuiú!
ResponderExcluirEste Blog é um ótimo companheiro/conselheiro diário. E quero lhe agradecer.
Quanto a questão deste post, relaciono a questão "hierarquia" com o enunciado do Arcano IV - O Imperador (Tarô de Crowley) q diz o seguinte:
"Eu sirvo comandando e comando servindo"
Entendo a Hierarquia no Terreiro como mais uma oportunidade de exercitarmos nossa capacidade de saber ouvir e falar, mandar e obedecer. Ser tolerante e tolerável. Não é fácil mas tb não é impossível.
Hierarquia. Diretoria. Tanto faz, desde que os objetivos sejam claros, à todos.
Saravá!
Maré
É muito fácil entender o conceito da hieraquia e aceitá-lo, sem questionar, afinal é como dizem os Caboclos, em nome do próprio Senhor Ogum: "Para poder mandar primeiro tem que se aprender a obedecer".
ResponderExcluirSimplificando creio que na Umbanda é como no exército. Os cargos e patentes vão do soldado raso, que pode ser comparado ao recém iniciado, ao general de 5 estrelas, que seria em nossa fé um Pai ou Mãe de Santo de grandes responsabilidades.
Aliás junto com o grande poder vem também a grande resposabilidade e para assumi-la precisamos estar preparados, isso existe para que não troquemos os pés pelas mãos. Se eu estiver enganado, por favor, me corrijam.
Quero saber, detalhadamente, o que é função da hierarquia de um terreiro de Umbanda e o que, com certeza absoluta, não é.
ResponderExcluirPercebo que muitos capitães e a maioria dos médiuns da corrente do seu terreiro, não sabem.
Acho importante que ambos saibam bem para evitar, tal qual está escrito em "Minha Opinião" de março, os "mandos e desmandos" das hierarquias.
Outra coisa: percebo que os médiuns esperam muito mais dos capitães do que realmente eles fazem, ou melhor, do que lhes é permitido fazer.
Então há uma carência neste sentido. Quem deve suprir essa carência?
Maré:
ResponderExcluirGostaria muito de trocar "eu sirvo comandando e comando servindo" apenas para "eu sirvo". O termo comando e mando não deviam fazer parte da filosofia dos dirigentes de um terreiro. FMG
Prezado Pai Fernando.
ResponderExcluirCreio que para toda a gira já deva estar bem claro que " eu não peço, eu mando!" cabe ao S. Akuan. E ao senhor... e seus guias.
Em função do que tenho presenciado no ensino universitário, as mudanças didáticas vão de encontro a este mesmo tipo de transformação: do professor que professava uma verdade (mandava) em direção ao a-luno (sem luz), a distância era gigantesca e, via de regra, as teimosias e inseguranças dos professores eram tratadas com a necessária severidade (por eles) e subsequente aceitação (do aprendiz).
O que se vê hoje, no ensino (pelo menos nos estudos sobre ensino) é uma valorização cada vez maior da autonomia do aluno como responsável por suas atitudes. No lugar de respostas prontas, todos nós nos deparamos com um mundo no qual a realidade é cada vez mais complexificada. Ao mesmo tempo, a sociedade de consumo via publicidade manipula vontades, impossibilitando um pensamento mais livre.
A Vó Maria Conga, em inúmeras ocasiões afirmou que a Terra é um planeta escola. Percebo, assim, que todos nós somos igualmente alunos e que os nossos professores espirituais nos colocam em situações de vida para que aprendamos alguma coisa.
No meu ofício de professora gosto de afirmar que a diferença entre os alunos e eu é o tempo. Domino mais o assunto porque o estudo a mais tempo (grande vantagem). E, muito embora o Google possibilite uma informaçao mais veloz, o conteúdo, no mais das vezes é superficial e conduz à banalização do conhecimento. O orientador tem que trabalhar com a noção de que o orientando, para uma efetiva formatação de seus parâmetros de vida, compreenda que não existe superioridade entre um e outro, mantêm-se o respeito e as afinidades.
( Desculpe o vocabulário, mas agora com o Mestrado não sei mais escrever de outro jeito.)
Ogunhê!!!!
Bjs
Cris
Belas palavras Cris
ResponderExcluirO Brasil teve mestres geniais. educadores que ensinavam aprendendo e vice versa.
Tentaram calar, mas pra quem quer escutar
ainda ecoa o grito manso de mestres como Paulo Freire, Rubem Alves, Darcy Ribeiro..
abraço
sidney
Prezadíssimos:
ResponderExcluirComo ogã, umbandista e admirador da figura fantástica que é o Pai Fernando, devo dizer que há, SIM, a necessidade, em qualquer organização, de elementos que ORIENTEM (note-se a "leve" semelhança com a palavra 'oriente', no sentido de caminho) trabalhos, idéias e ações, para que o resultado seja a SOMA de todas as parcelas.
A orientação, no TPM, não é no sentido de "mando", mas com a simples conotação de manter o terreiro orgânico (e organizado).
Se algumas pessoas sentem-se melindradas com o nome 'hierarquia', talvez estejam pensando em termos 'de empresa'...
De qualquer forma, a "obediência" aos capitães, pais pequenos e ao pai-de-santo não é - e nem deve ser - CEGA, mas entendida como elemento facilitador - e organizador - dos trabalhos, uma vez que se está mexendo com ENERGIA, e qualquer distúrbio neste campo energético poderia atrapalhar o trabalho em si ou, ainda, o desenvolvimento mediúnico da corrente, bem como trazer desequilíbrio para o próprio terreiro.
Saravá "nóis tudo"
Mucuiú, Pai Fernando
Heraclito:
ResponderExcluirQuero deixar bem claro que o texto Minha Opinião-março não é dirigida especificamente ao terreiro do Pai Maneco, mas para todos que praticam a Umbanda. Detalhadamente vamos lá:
A existência de um terreiro pressupõe uma organização para fazer prevalecer a filosofia espiritual implantada. Para isso ela prevê a criação de cargos, que chamamos de hierarquia. As razões da minha discordância constam no texto. Mandos e desmandos significa a prerrogativa de mandar ou abusar do poder. Acho que mandar e poder abusar não deviam fazer parte do direito dos dirigentes. Esse poder é outorgado com a idéia preconcebida que existe aquele que manda e aqueles que devem obedecer. Especificar as situações não cabem dentro de um blog. Mas vou dar uma sugestão: os dirigentes devem ter um comportamento que não vá exigir por suas atitudes uma intervenção da mãe ou pai-de-santo para acalmar os ânimos de alguém. E se o adejá for usado com mais critério também ajudaria. Não está em julgamento o que os capitães fazem ou não fazem e os seus limites. Eu questiono a origem de sua criação: o capitão existe para mandar e o médium tem que obedecer. Acho mais correta trocar o mando pela orientação e carinho e a obediência pelo reconhecimento de que existe alguém lhe ajudando. E também não vamos excluir a figura da mãe ou pai-de-santo. Eles também têm que usar o bom senso em suas determinações.
Ronald:
ResponderExcluirO grande problema que eu vejo na constituição de uma hierarquia é exatamente esse mando dos militares. Esse regime em 1964 acabou com a liberdade do brasileiro. Exatamente isso é que não pode acontecer na nossa Umbanda tão livre e diversificada. Vamos lutar contra todos aqueles que quiserem ser general na nossa religião. Umbanda é amor e igualdade.
Eu sempre digo q pra mim a melhor forma de aprender é ensinando, sempre q passo algum conhecimento q tenho entendo melhor sobre ele, isso de modo geral, acho q com a hierarquia é ou deveria ser assim, passar conhecimentos para melhor compreende-los, desde q se use daquilo q for passado para si tbm, se não não vale, vira faça oq digo mas não faça oq faço...
ResponderExcluirIsamara
Acredito que a HIERARQUIA é necessaria sim! Mas como em tudo nessa vida, existe o "jeitinho" de falar...as vezes pelo que estou presenciando as pessoas ficam tristes e chateadas com algumas coisas que lhe são ditas...Quando se é feito uma pessoa da HIERARQUIA, essa pessoa sabe de seus deveres e obrigações,e então nao deve deixar que problemas pessoais assim atrapalhem no andamento dos trabalhos, assim como os mediuns de corrente ( não todos pois alguns precisam de um puxar de orelhas de vez em qdo..)(rs).
ResponderExcluirA Hierarquia é indispensavel para os trabalhos..sem ela..nada seria possivel!
Axé!
Pai Fernando,
ResponderExcluirEu na minha humilde visão vejo a Hierarquia com a função de ajudar os médiuns dando-lhe assistencia, cuidando para que tudo saia em ordem, vejo tbm que uma casa com muitos médiuns sem uma hierarquia não daria certo,como ter controle de todos??? Não vejo pq tanto lero lero sobre hierarquia sendo que ela está lá apenas para ajudar os médiuns e tbm a assistencia...Seria apenas o nome que incomoda os outros?
Saravá
Pai Fernando, quero lembrar um pensamento: “ A maior alegria de um Pai é quando seu filho deixa apenas de ser um filho para se tornar um Grande AMIGO!”...Na minha vida profissional de marítimo embarcado em Navio Longo Curso fui treinado para desenvolver o trabalho em equipe, com toda hierarquia! Eu, um tripulante que recebia determinações de um amigo contramestre; do Imediato e do “Capitão” - o Comandante de Longo Curso. E, ao mesmo tempo, haviam 10 amigos subordinados diretamente. Era um trabalho de equipe de grande risco realizado com satisfação e alegria! "O navio poderia afundar se não houvesse respeito, determinação e compromisso com o trabalho!” Na Polícia Civil do Paraná – o integrante do Grupo Tático TIGRE, recebe treinamentos para agir em equipe; para resgatar vidas de cativeiros! O indivíduo policial, em grupo especial, não há! O grupo todo é o indivíduo, ou melhor, é o próprio TIGRE! Na Umbanda: Panteras ou as Falanges!!!...A Corrente do Caboclo Akuan é de Ferro e de Aço, com ALMA e CORAÇÃO! Este é o Ponto de Força do Caboclo Akuan, na minha opinião: A CORRENTE! Esta é a Força da Umbanda: A CORRENTE FRATERNA e AMIGA! A corrente é a unidade; é o conjunto da obra! O conjunto da obra irá determinar se existe boa orientação ou falta de integração! Cabe ao Pai e a Mãe tornar seu filho e sua filha um amigo, uma amiga. Fraternos amigos e amigas da corrente! Ao filho, encontrar um Grande Amigo Pai!...Respeitosamente, SENSACIONAL a vossa opinião! Obrigado Pai Fernando, meu Grande Amigo! Um Forte Abraço Fraterno, Bitty de Ogum.
ResponderExcluirMucuiu Pai Fernando,
ResponderExcluirConforme a solicitação, estou respondendo sobre "Minha Opinião" de março.
Acredito eu que para a organização de um terreiro a hierarquia é essencial, foi assim que aprendi, concordo que o nome "hierarquia" soe pesado, como se fosse um comando militar, e não acho que deve ser assim sempre, acho que ninguem esta livre de uma boa conversa. Acho que acima de tudo, todos somos irmãos de corrente, que ninguem é mais do que ninguem, o que nos nivela é que somos todos médiuns, e o que nos diferencia é o fato de termos mais e diferentes responsabilidades uns dos outros. Sendo "Pais ou Mães de santo", ou mudando o nome para "Zeladores de Santo", o médiun que tem maior experiencia e uma responsabilidade muito maior do que todos os outros mediuns, a pessoa a ser seguida, não pelo "poder" que ela tem, mas pela liderança, confiança que passa a todos. E assim sendo com Pais e Mães pequenos na organização, na orientação dos trabalhos. Dos Capitãens vejo como sendo mediuns que tem maior experiencia, conhecimento e responsabilidade do que os mediuns de corrente, mediuns de incorporação ou não, mas com experiencia, nunca mediuns novos e sem conhecimento necessario para instruir quem chega ao terreiro, para se poder cobrar tem que ensinar e para ensinar tem que ter conhecimento. Mas ensinar, instruir sem agredir, primeiro se ensina, e depois se cobra o que se ensinou, obedece as instruções do comando Material ou Espiritual, organiza e orienta a corrente e tambem a assistencia, capitaens tem que ser a confiança do comando na gira. Os Ogans para mim é a integração, a afinização do todo, o que une toda a corrente e tambem a assistencia. É a chamada da espiritualidade, é o elo de ligação do material e do espiritual. Para mim este é o ideal, o respeito, de medium para medium, sabendo o que é a essencia da umbanda, o que os Pretos Velhos tanto nos ensinam, a caridade, a humildade e o amor ao proximo, o fazer o bem sem olhar a quem, o não julgar antes de se ter conhecimento do todo. Utilizando estes ensinamentos e tantos outros que temos a cada trabalho podemos ser cada vez melhores como mediuns e como pessoas, pois estes ensinamentos não podem ficar restritos apenas na Umbanda, mas sim para toda a nossa vida. Ouvir e praticar sempre os ensimentos dos espiritos é o que nos faz e sempre fará sermos um pouco melhores e mais evoluidos. Acredito na Umbanda por ser ela justa e alegre, ser ela mais simples e direta, sem rodeios, reta.
Marcio
Lindo o texto do Bitty!
ResponderExcluirE o texto do Marcio só veio acrescentar à filosofia umbandista, que pode se tornar um fato concreto com os esforços de todos!É este o espirito que temos que incorporar: a fraternidade, como base da fé e da caridade.
Mukuiu
ResponderExcluirUma das primeiras coisas que me ensinaram no terreiro é pedir mukuiu. Mukuiu - é um pedido de bênçãos e a resposta é Mukuiu NZambi (ou seja que Deus te abençoe). Hoje como se discute muito sobre hierarquia vejo como primordial refletirmos um pouco sobre este pedido.
Quando peço Mukuiu, projeto minhas energias para a gira que está pra ocorrer, porque a partir deste ato de fraternidade que inicia a fé e a caridade.
Quando peço Mukuiu, estou pedindo também: me segurem se eu cair, me acudam se eu chorar!
Quando peço Mukuiu, estou dizendo também: sou tão feliz por estar aqui.
Quando eu peço Mukuiu, peço também por aquela pessoa que vem sem esperança e sai com o coração aliviado.
Quando eu peço Mukuiu, estou querendo dizer : tenho tanto a aprender com você!
Quando eu peço Mukuiu, agradeço por você ter lutado para continuar aqui.
Quando eu peço Mukuiu, agradeço por eu ter vencido meus medos.
Quando eu peço Mukuiu, minha alma abraça a sua e vamos juntos aprender um pouco mais.
Quando eu peço Mukuiu, estou procurando forças no meu Anjo da Guarda.
Quando eu peço Mukuiu, estou saudando seu Anjo da Guarda.
Quando eu peço Mukuiu, as entidades que trabalham comigo e as que trabalham contigo também confraternizam a Umbanda.
Quando peço Mukuiu, saravo a Umbanda dentro de ti e dentro de mim.
Quando peço Mukuiu,dou-lhe o meu respeito e carinho.
Quando peço Mukuiu, peço o seu respeito e o seu carinho.
Quando peço Mukuiu, quero te dizer que não sei nada,que não entendo.
Quando peço Mukuiu, quero dizer que tudo que sei devo a você.
Então, quando você me responder Mukuiu NZambi, faça-o olhando nos meus olhos, faça-o com sua alma e com seu coração, porque então eu saberei que poderei enfrentar espíritos trevosos encarnados ou não com firmeza, poderei entender as mensagens de entidades iluminadas vivas ou não, enfim, saberei que você está ao meu lado, nem acima, nem abaixo, com fraternidade,fé e caridade.
E você o que sente quando pede Mukuiu?
E você o que sente quando recebe Mukuiu Nzambi?
Andréa Destefani
Pai Fernando,
ResponderExcluirSomos contaminados por tudo aquilo que palpavelmente nos proporcione poder, seja ele material ou imaterial. Lamentavelmente nos deixamos contaminar por vaidades temporárias, nos esquecendo que nossa vida é eterna. Há os que se deixam dominar por um carro, profissão, posição, tradição, mas ainda assim tentamos entende-los, fato impossível de se chegar quando percebemos que a vaidade pode chegar ao espírito. Carregar uma guia de hierarquia significa que temos que trabalhar em dobro, não nos basta somente ir até o terreiro e sentar na assistência para receber vibrações positivas, precisamos nos doar ainda mais do que somente pedir ou receber, temos que arregaçar as mangas e dar assistência a todos: nossa Mãe de Santo, nossos irmãos da corrente, nossa assistência maravilhosa...o que para mim significa claramente que não deveríamos ter a menor vaidade em carmicamente carregar dívidas que nos teriam que ensinar a humildade, palavras antagônica à vaidade. “O meio” deve ser o exemplo, deve ser a baliza para os demais médiuns da corrente.
Muito obrigado pela oportunidade e espero que continuemos com esse processo nos próximos meses também.
Abraço
Maurici Lins de Souza
Capitão da Gira de Sexta
Fiquei pensando no que falar, já que é para nos expressarmos...
ResponderExcluirPassaram-se dois dias e ainda não achei nada...
Concordo com tuas palavras, sempre!
Nunca estive do outro lado dentro do terreiro como uma simples médium. É difícil de saber o que passam aqueles que estão chegando, sem conhecer a Umbanda, sem conhecer ninguém. Penso neles e acho que o que mais me ajudaria ali era encontrar pessoas simpáticas e que me dessem orientações, das mais imbecis até aquelas que me deixassem totalmente à vontade para entender a espiritualidade. Não queria alguém me olhando torto ou exibindo sua grande guia em minha cara. Queria alguém para dar a mão, para dar "uma mão", apenas.
Mucuiu
Lucilia
________________________________________
Mucuiu Mãe Lucilia! Mesmo nunca tendo sido uma "mediun comum" acredito que você disse tudo o que sentimos. Como estamos começando, tudo é dificil. Agora mais dificil ainda é quando alguém vem nos ajudar sem entender o que estamos passando. Um sorriso as vezes dá uma segurança bem maior. Pra quem já trabalha faz tempo, as vezes realmente deve ser chato cuidar dos que estão começando, mas para quem está do outro lado, é fundamental ter uma pessoa ali te assitindo, te ajudando, dando dicas... só assim evoluímos. Na última gira que estive ai, de ciganos, dei um trabalho para o Caco e para o outro capitão que eu não lembro o nome (só lembro que era filho de Oxalá), porém o cuidado e as dicas dos dois me deram muito mais segurança para dar passagem para a entidade. E tudo isso foi feito com muita atenção, com carinho e dessa maneira, não tinha como eu não retribuir com respeito e carinho também. Fernanda Garcez
ResponderExcluirFernanda:
ResponderExcluirNo texto vc conseguiu mostrar tudo que eu quis falar com este tema tão cheio de polemicas. Se eu tivesse que dar uma nota para tua postagem, não hesitaria em assinalar a nota máxima. FMG
Quando do meu cruzamento para capitão, Pai Fernando me falou uma coisa mais ou menos assim, que meus irmãos de corrente são iguais como sempre foram, e que era assim que sempre deveria tratar a todos, que um cruzamento para capitão, não me faria mais do que ninguém, que eu estava ali para orientar e ajudar a todos que viessem até mim. Respeitar sempre aos meus irmãos de corrente e principalmente a todas as entidades. Foi assim que me coloquei, é assim que me coloco, e é isso que acredito. Sou amigo de todos e estou sempre pronto para ajudar a quem esteja precisando, se sei o que fazer, ajudo de pronto, e se não sei, procuro saber.
ResponderExcluirEnsinar aqueles que estão chegando com paciencia e dedicação.
Mesmo lá na assistência (vou na 3ªfeira), percebo o carinho fraternal com iniciantes e entre os mais experientes.
ResponderExcluirTudo isso é transmitido em forma de energia, no momento em que, nós que ficamos lá do outro lado podemos participar como silenciosos espectadores.
Por isso gostaria de relembrar os belos versos do poeta Vinicius de Moraes.
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
A todos o meu obrigada por compartilharem seus conhecimentos.
Georgiana
Pai Fernando
ResponderExcluir“Ser capitão é ser um tanto guarda de trânsito” – assim definiu um amigo ateu que compareceu ao meu cruzamento de capitã. A comparação é singela e por óbvio a função não se resume a isso, mas gosto muito dela porque mostra que o trabalho de um capitão deve se pautar em seguir as “placas”, que são as orientações dadas pelos Pais de Santo e Mães de Santo, e orientar o “trânsito” da gira, cuidando da corrente.
Nunca entendi exatamente o que leva uma pessoa a passar da corrente para o meio, mas, seguindo a estrutura militar da Umbanda, se ali fui colocada, ali é que vou tentar fazer minha parte da melhor maneira possível. Encaro a função que assumi assim: antes, na corrente, eu cuidava de mim, para que o elo em que participo fosse mesmo ‘de aço’; hoje, no meio, cuido para ajudar cada elo da corrente a ser de aço, para fazer jus ao ponto da Corrente do Caboclo Akuan.
Tenho uma amiga que veio de outro terreiro e conta a diferença (para melhor) que sentiu ao chegar ao Terreiro do Pai Maneco, pois na casa anterior ela tinha medo de seus dirigentes, de sua hierarquia. Nem imagino como possa ser uma casa em que impere o temor, pois minha referência é da Umbanda da alegria, praticada no Terreiro do Pai Maneco. Não há lugar para medo onde reina o amor, o respeito, a caridade e a alegria.
Assim, tento seguir os comandos do Pai de Santo sorrindo e sorrindo tento repassá-los aos membros da corrente, procurando, como dito no texto, ser amiga e passar orientação e apoio aos membros da corrente nas dificuldades de seu desenvolvimento. E espero que com a mesma gentileza e respeito se comportem meus irmãos de corrente, demais capitães, Ogãs, Pais e Mães Pequenos e Pais e Mães de Santo.
Por um bom tempo freqüentei a gira de segunda como membro da corrente e a de quinta como do meio e, assim, pude sentir a diferença que é estar na “cômoda situação de simples comandada” e de sair “da cômoda situação de simples comandada”. Dá trabalho, de fato, mas para que a gira aconteça é preciso de corrente e é preciso de meio, sem que ser “hierarquia” possa se confundir com ‘status’ ou alimentar vaidades pessoais.
Mucuiú, meu Pai!
Ana Carolina F. Dias (filha de Ogum, Gira de Quinta)
--- On Sat, 3/7/09,
Pai Fernando querido, novamente tenho uma dúvida... Qual a real importância do uso da guia - diária - de proteção? A partir da filosofia "Orai e Vigiai" a guia realmente nos protege ou serve mais como uma identificação da nossa religião? Nós já não teríamos uma proteção significativa colocando em prática bons pensamentos e atitudes sem o uso da guia?
ResponderExcluirLembrando de guias e da sua opinião desse mês, gostaria de dizer que fiquei bem contente lendo seu artigo no site. Realmente é assim que vejo os irmãos que possuem maior responsabilidade no terreiro, como amigos e conselheiros.
Não sei estarei sendo prudente fazendo esse comentário, mas inclusive vejo o cumprimento de beijo na mão mais como uma formalidade e do que como sinal de maior respeito. Pra mim, o respeito é uma consequencia de atitudes que tomamos na vida perante nós e perante os outros... Exemplo: Eu posso beijar a mão de alguém da hierarquia sem achá-lo um exemplo de comportamento religioso? Sim... Sinto realmente respeito por ele? hummmmm... Posso beijar a mão de alguém que considero um exemplo de vida dentro de nossa religião? Também sim, com o maior respeito do mundo.
Entende o que quero dizer? Qualquer coisa me corrija, meu pai...
Abraços, Carla.
Carla:
ResponderExcluirA guia de proteção serve para atrair eventuais cargas negativas contra a pessoa, fato que às vezes faz a guia estourar. Orai e vigiai é legal mas utópico. É muito dificil mantermos esse estado harmonico de vibração. Que bom saber que os dirigentes têm esse comportamento de conselheiro e amigo. Vc tem ra zão, beijar a mão dos dirigentes faz parte do ritual, independentemente da simpatia ou antipatia por eles. FMG
Pai Fernando
ResponderExcluirfiquei sabendo através de um dos capitães de sexta que o senhor pediu que os médiuns que fazem parte da hierarquia respondessem ao Minha Opinião do mes de março. Acabei não recebendo este e-mail, mas tomei a liberdade de enviar a resposta mesmo assim, rs.
Bom, tenho pouquissimo tempo como capitã, mas acredito que talvez esse fator ate me ajude a responder, ja que eu ate novembro era médium de corrente. O que sempre observei e procuro aplicar enquanto capitã, é que nós devemos passar para a corrente as ordens do espirito dirigente dos trabalhos, atraves dos pais de santo, que essas ordens não são nossas, nós não mandamos ou desmandamos na corrente e devemos respeitá-los como irmãos de corrente que são, assim como esperamos respeito da parte deles, levando-se em conta que estamos ali trabalhando em conjunto. Eu, particularmente,procuro seguir as ordens das entidades que trabalham com a minha Mãe de Santo e as dela tambem, eles falam e eu transmito para a corrente e tento tomar o máxmo de cuidado ao fazer este trabalho, Acredito que nós somos o elo entre o dirigente e a corrente. Percebi logo apos o meu cruzamento, que muitas pessoas acreditam que hierarquia é sinonimo de status, mas no meu entendimento, hierarquia é sinonimo de mais trabalho, maior compromisso e mais responsabilidade.
Pai Fernando, gostaria de saber a sua opinião a respeito da minha opinião, rs, se possivel.
Att.
Mariana Meister - gira de sexta
Mariana:
ResponderExcluirAchei otima a tua colocação, principalmentge quando vc diz: "..hierarquia é sinonimo de status...mais trabalho, compromisso e mais responsabilidade. FMG
Penso que os capitaes sao os longos braços do pais e maes de santo;
ResponderExcluirfazendo na pratica o que a "mente central "comanda.
A engoma vibra nas maos dos ogans chamando os espiritos para sua caridade.
Os pais e maes de santo, pais e maes pequenos: comandam a gira, atraves dos olhos, ouvidos,
e bocas seus proprios e dos espiritos.
Seria perfeito se nao falassemos de seres humanos, de carne e osso.
com pensamento, sentimento, dores, tristezas, alegrias, anseios e amores.
Como organizar impulsos, fraquezas, e rompantes de alegria e felicidade?
Queremos sim tudo o que o senhor descreveu como sua opiniao.
Uma Umbanda limpa, correta, sem medo daquele circulo menor onde poucos podem estar,
onde todos queriam ficar.
Vejo a corrente que nao se reporta á hierarquia, mas sim para quem esta ao seu lado, obtendo assim
uma oritençao incorreta , em alguns casos.
Medo parace ser o maior motivo da corrente estar distante do meio.
Como fazer para isto mudar? como aproximar estes elos de uma mesma corrente.
HIERARQUIA, palavra tao pesada, tao sem tolerancia, tao sem carinho.
Ja que nao mudamos as palavras podemos mudar as pessoas e seus comportamentos.
Trazendo a corrente para nosso lado, sendo nossa amiga e descobridora da tao maravilhosa
arte da umbamda, a arte de fazer caridade, a arte de inovar, e de mostrar que estamos sempre melhores
e sempre juntoS, NAO importando sua colocaçao na gira mas sim o papel que desenvolvemos com nossa
espiritualidade e nossa mediunidade.
Mirtes
Hierarquia para mim tem esse "peso" devido a responsabilidade.
ResponderExcluirSempre tive meu cantinho na gira de segunda feira. Nunca fui capitã, nunca fui uma grande conhecedora do espiritismo, tenho apenas 28 anos, ou seja, pouca maturidade...
Agora como Mãe de Santo, confesso que não me sinto bem quando alguém me pede mucuiú, beija minha mão, essas coisas.
Aqui aprendemos juntos, a hierarquia está se criando naturalmente com a evolução do trabalho.
Não temos aqui um Pai Fernando para dar um jeito, uma Lucília para descontrair, uma Rita para agir, um Lolo para firmar o ponto, Uma Cris para cantar e nem uma Mirtes para nos dar o conforto de que se algo der errado, tem quem resolva.
Aqui, tudo depende de nós mesmos, da confiança na doutrina aprendida, no ensinamento do espírito, no amor e na entrega.
Nunca deu nada errado.
Agora, já temos Ogans que pouco sabem tocar, mas sabem vibrar
Temos uma capitã nota 10
Temos médiuns puros, que apesar de ainda nos primeiros passos do seu desenvolvimento passam um axé que encanta.
É isso: respeito, ordem e harmonia se conquista, não se impõe,
na minha opinião...
Alice (Mãe de Santo - Floripa)
EU VEJO A HIERARQUIA COMO AJUDA.NÃO VEJO NADA A DISCUTIR.ELES SABEM MAIS,ESTÃO LÁ PARA AJUDAR. DESDE O MOMENTO EM QUE INICIEI NO TERREIRO, PRIMEIRO NA ASSISTENCIA.DEPOIS PARTICIPANDO DA GIRA,PROCURO OS CAPITÃES SEMPRE QUE TENHO DUVIDAS,OU PRECISO AJUDA.ELES ESTÃO SEMPRE PRÓXIMOS PARA AJUDAR.E AJUDAM SEMPRE QUE PRECISO.NÃO CONSIGO VER DE OUTRA MANEIRA.CLARO QUE NÃO POSSO DEIXAR DE CITAR QUE MUITAS VEZES QUANDO TENTO ME APROXIMAR DE ALGUNS,(CAPITÃES E PAIS PEQUENOS E MÃES PEQUENAS) A SENSAÇÃO QUE TENHO É QUE ELES PASSAM POR NÓS, SEUS FILHOS, SEM ENXERGAR.
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