domingo, 17 de maio de 2009

LINHA DOS MENDIGOS

Foi feita uma pergunta pela Luna a respeito da Linha dos Mendigos. Apesar de muita gente não a conhece, lido com ela há mais de quarenta anos quando trabalhava no espiritismo tradicional. No terreiro de Umbanda por várias vezes eles foram chamados, principalmente para limpar o terreiro e trazerem uma vibração de harmonia e amor no ambiente. Essa linha congrega espíritos que em outras encarnações eram mendigos. Claro que hoje eles são espíritos de luz vestindo a roupagem da encarnação que foram pedintes. Incorporam trazendo os defeitos físicos daquela encarnação. Conversar com eles é um lenitivo para nossa alma. São mansos, calmos e carinhosos. Para chama-los no terreiro nós cantamos pontos de Oxalá, mas eles são considerados da linha neutra. FMG

65 comentários:

  1. Isso! Como eu queria saber como é!!!
    Pelo que o senhor falou é muito diferente do que eu pensava...Pensava que eram entidades rastejantes e que emitiam um som amedrontador.
    Fiquei me questionando muito a respeito dessa linha. Claro que esses espíritos que um dia tiveram essa passagem como mendigos sofreram um bocado. Com a diferença de nós, com a fome, com a revolta da situação e acima de tudo com as privações que um ser humano deveria ter.
    Questionei e muito viu!Sei lá meu pai...Por ignorar a história pensava que eles eram rudes, revoltados, maus ou até meio obsessores..rsrsrs. Que vergonha! Desculpe.
    Eu tive uma experiência que talvez eu nem devesse ter questionado.
    Tinha na época uns 24 anos.Passei um dos meus melhores natais entregando refeição natalina para moradores de rua. Eram três gerações nas ruas. Estava eu lá com a bacia de melância oferecendo para as pessoas e tinha um mendigo todo preto de sujeira e cheio de penduricalhos em cima dele. E um roupão até os pés preto, preto. Mas ele parecia uma árvore de natal podre de sujeira. Fiquei com muito medo dele. Pois ele me olhava estranho...Mesmo com medo cheguei perto dele e ofereci a fruta. Para meu ESPANTO aquele homem abriu a boca e saiu um português, uma educação que eu mesma não tinha. Poxa fiquei com tanta vergonha de ter sentido e pensado coisas ruins a respeito dele! Fiquei conversando uns 15 minutos com ele. E foi muitíssimo bacana.
    Na volta para casa estávamos numa rodovia de grande movimento e veio pai Fernando um caminhão gigante para o nosso lado e simplismente o volante do meu carro virou sozinho e caímos numa outra estrada. Eu não ví o caminhão. Foi derrepente. E TODOS que estam dentro do carro sentiram o carro magnetizado. Como se tivesse uma bola de energia protegendo o carro...Incrível! E agradecemos muito a Deus por nada ter acontecido.
    Agora percebo que pode ter sido essa linha que ainda não conheço.
    Saravá

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  2. Uma vez conversei sobre eles com o sr. Em alguns momentos muito importantes da minha vida e que tinha que tomar decisões, algum mendigo na rua vinha me falar alguma coisa pertinente. Sempre agradeci. Como falei uma vez,acho que acabam servindo de médiuns e pela própria condição as vezes inconscientes. Certa vez uma senhora de idade, mendinga, entrou na terça numa gira de ogum. O Ogum com o qual trabalho foi lá e "lavou" os pés dela para lhe tirar o cansaço, foi muito emocionante pra mim.
    Estou escrevendo tudo isto porque certa vez uma médium me falou o absurdo que estas pessoas da rua servem pra realizar "serviços" espirituais e nada mais, por isto se queremos pedir algo é só lhes dar cigarros e bebida.É uma total desinformação. Dias mais tarde que ela falou isto, estavamos tomando um refrigerante e conversando numa lanchonete e chegou um mendigo e me pediu um cigarro. Logo depois ele olhou pra ela e disse: de você ,madame, eu não quero nada!
    Meu marido depois de anos sem trabalho teve uma oportunidade real. No dia em que foi conversar com a pessoa que o contratou, acendeu uma vela pro povo da rua antes pra agradecer. Na frente do local que ia trabalhar havia um mendigo que o segurou pelo braço e perguntava onde estava a água que tinha ido pro céu e não voltava nunca...O mendigo o abençoou e a partir daquele dia começou a trabalhar.
    Nós temos o maior respeito por eles encarnados ou não. Não são nossos serviçais. Acredito que os espíritos que resolveram nesta vida ser andarilhos, são na verdade muito mais evoluídos que nós.Saravá a todo este povo. Pai Fernando agradeço muito ao senhor falar nesta linha que merece o nosso apreço!

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  3. Oi pai Fernando, gostaria de complementar, caso correto, que o 'choro' e os 'gemidos' destes Espíritos não são de dor ou sofrimento, mas sim de emoção devido a sua proximidade com o Criador (Oxalá).
    Saravá esta maravilhosa falange, e os abençoados que chamam em suas casas este povo bendito para trabalhar. Axé!

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  4. Pai Fernando, mucuiu!
    Semana passada, durante a gira, o Caboclo Pena Branca me pediu, uma vez que estou no meio sem incorporar, um médium para auxiliá-lo numa consulta. Como entendi errado, pensei que ele queria me utilizar para tal, fui tirando as guias.
    Ele me disse para fechar os olhos, pois iria incorporar um mendigo. Dito e feito: fechei os olhos, respeirei tranquilamente aguardando a energia daquele espírito de muita paz.
    Ao incorporá-lo fui me encolhendo ao chão onde fiquei ajoelhado e curvado. A tranquilidade e a paz tamaram conta de mim. Não pensava em mais nada. Absolutamente nada. Era um branco total.
    Seu Pena Branca perguntou se havia algum recado para o consulente uma vez que o mesmo estava com problemas com seus cachorros e não conseguia mais cuidar deles.
    A Mãe Eli serviu de intermediária para passar os recadaos. Recados que foram desde o amor que aquele homem sentia por seus animais, o amor pela sua vida, até para que ele não se preocupasse com a família que estava longe. O mais importante era o que o coração sentia. E que ele deveria plantar qualquer tipo de planta no jardim da casa. Enfim, foi emocionante pois trouxe à tona uma série de preocupações do consulente. E depois seu coração acalmou.
    Mais calmo ainda fiquei eu com aquela energia de paz, amor e tranquilidade. Nunca havia sentido isso antes.
    Por isso achei interessante postar minha experiência neste tópico.
    Acredito que o consulente é alguém de nenhuma posse, dorme num quarto alugado numa casa, vive de bicos. Mas com um coração enorme.
    As energias era muito parecidas. Havia uma tristeza no consulente que acredito ser a mesma tristeza que aquele espírito que incorporei tinha quando encarnado.
    Agradeço pelo tópico. Aliás, por todos os tópico. Todos vem em boa hora para me ensinar, me preparar para poder partilhar com meus irmãos de corrente!
    Saravá!

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  5. Luna, que bom ter mudado tua idéia. Eles são bem como o mendigo que vc descreveu, talvez hoje protegendo vc quando puder. FMG

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  6. Andréa, que legal o teu comentário. O da Luna também. FMG

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  7. Rodrigo, acho que os mendigos vão estourar no blog.FMG

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  8. Ronald, vc sempre faz postagens interessantes e esclarecedoras. Não deixe de postar. FMG

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  9. Nossa!!! Que legaaaaaaaaaaaaaaal!!! Já tive (e tenho) medo de muita gente, mas nunca dos mendigos... a algum tempo atrás, estava com meus pais no Mc'Donalds e como minha mãe ñ gosta de descer do carro eu compro e fico estacionada na rua enqto comemos... De repente, do nada, surgiu um menino... estava muito sujinho e me pediu $, eu dei o troco do lanche que estava na minha mão, ele agradeceu e desapareceu e desapareceu msm pq procurei por ele p/ darmos a batata frita que tínhamos comprado...
    Na segunda feira q a Mãe Lucília chamou a linha eu fiquei bem curiosa e perguntei p/ Jurema quem eram, pq ñ sabia q existia uma linha deles... ela me explicou q eram espíritos de mendigos, andarilhos... mas a sensação de harmonia q trouxeram, apesar da "aparência" estranha (se arrastando, mancando, etc) foi tão intensa q não teve como assustar.
    Pai Fernando, tb existem crianças nessa linha???
    Obrigadinha pela explicação... :o)

    Beijinhos, Dê

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  10. Agora aqui me veio uma dúvida. Se é uma linha neutra pode ser chamada a qualquer momento e em qualquer trabalho? E outra, como havia perguntado uma vez ao sr. que tipo de entidade desce na linha das almas e o sr. ficou de observar, pois pelo que notei não vem só pretos e pretas, ele podem vir?

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  11. Pai Fernando como é que eles vem no espiritismo? Eles se identificam como mendigos? Só fui umas duas vezes em centros espíritas e as comunicações eram muito cheias de pompa e até certo ponto, com discursos prolixos, então o que ficou na minha mente foi uma idéia talvez errada...

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  12. Os mendigos falam, pai Fernando?

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  13. Pai Fernando, qual é o verdadeiro sentido dos trabalhos deles?
    Quando o senhor soube dessa linha pela primeira vêz?
    Bridadú! E obrigada pela lembrança do niver da Manú.
    Bjs.

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  14. Andréa,linha dos mendigos não tem nada com as almas. FMG

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  15. Andréa, claro eles agem da mesma forma que na Umbanda. FMG

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  16. Luna, falam com uma doçura e inteligencia muito legal. FMG

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  17. Luna, faz muitos anos, não saberia afirmar. Eles trazem vibração, humildade, simplicidade e calor espiritual. Tudo isso termina em bem estar e, finalmente, na cura do corpo ou do espirito. FMG

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  18. Perguntei também se eles podem descer em qualquer gira, meu pai. Se houver um atendimento com eles, eles riscam ponto?

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  19. Hum bacana...Um dia estarei ai para ver e sentir.
    Axé.

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  20. Andréa, por ser linha neutra eles podem descer em qualquer gira, mas o bom senso dos dirigentes deve determinar o momento adequado para chama-los. Não riscam ponto e não sei se dão consultas sentados no toco, porque sempre que os chamamos é só para virem no terreiro. Mas vale experimentar. FMG

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  21. Pois é meu pai, a experiência traz a desmistificação. Alguns médiuns que trabalham na terça, durante a gira de baianos e marinheiros, e que atenderam com marinheiros se surpreenderam com a sabedoria destas entidades ao darem consultas. Talvez seja sim uma boa experiência. Outra boa experiência que poderíamos fazer é doar alguma coisa esta semana,nem que seja pequenininha, junto com uma boa palavra, a essas pessoas que moram nas ruas. Com certeza fará um bem danado aos nossos corações. Boa semana a todos!

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  22. Denise, não tem crianças nesta linha. FMG

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  23. Boa noite, Pai Fernando,
    Os mendigos são espíritos muito evoluídos, desprendidos dos bens materiais e das mundanidades. Na sua opinião:
    1) Esta falange está ligada a quais entidades ?
    2) Podem se vincular aos Pretos Velhos já que após a escravidão uma boa parte dos ex-escravos foram para a mendicância ?
    3) Porque as linhas neutras não riscam ponto, não podem riscá-los, e se o fizerem ?
    Fraterno abraço, CHC.

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  24. Pai Fernando. Uma vêz Mauro no começo das incorporações dele falava que as entidades dele eram cegas porque não abria os olhos. Eu teimava em dizer que um espírito pode reconstruir em seu perispírito depois do desencarne. Por isso não poderia ser cega. Com o tempo a confiança nas incorporações chegaram e Mauro trabalha muito bem!
    Então lá vai a pergunta. Se a linha dos mendigos eles vêm se arrastando ou com as deficiências quando encarnado, então eles esteriotiparam essa forma de vir para serem reconhecidos como tal. Já que todas entidades tem sua forma peculiar de se apresentar. É meu pai?
    Axé.

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  25. Qnd vi o post, fiquei pensando...oq posso dizer...nunca vi essa linha no terreiro...mas relendo agora, me lembrei da minha infancia...meu pai foi um homem bom, eu tenho essa imagem dele, e oq formou ela são as lembranças q tenho e a mais forte é de um mendingo q sempre batia no nosso portão na hr do almoço pedindo comida, eu via meu pai servir o prato dele com mt carinho, como quem servia a pessoa mais ilustre, e levava até o portão para ele comer ali, fato q irritava mt minha mãe q tinha medo dele rsrsr...e um outro q ficava perto do trabalho dele, a extinta LBA, meu pai dizia q o nome dele era Bento e q era meu namorado pra me ver irritada rsrs eu tinha uns 5 anos, ele sempre levava comida e roupas para ele...me emociona lembrar...e sempre trato eles com esse mesmo respeito q meu pai me ensinou a ter...
    Isamara

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  26. Existe um nível vibracional que eles atuem com maior força?

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  27. O senhor vê certo preconceito por parte dos terreiros quanto à essa linha?

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  28. Andréa:
    Não vejo preconceito mas sim falta de hábito de chamar essa falange e também o desconhecimento. Sei lá qual é o nível vibracional que eles atuam, mas posso te afirmar que é bem superior ao meu.FMG
    Isamara:
    Veja como o povo é bonito. De uma história de espíritos estão acontecendo relatos da vida real, e sempre falando dos mendigos com muito carinho. FMG
    Luna:
    Vc está certa nos seus comentários. As entidades têm seu modo de se apresentarem, sem que isso sejam defeitos. A entidade que trabalhava com o Mauro pode até ter sido cega em reencarnações passadas, e ele tem a capacidade de pinçar de seu armário de vidas anteriores a roupa daquela encarnação. Normalmente as entidades fazem isso para demonstrarem aquela reencarnação especifica e que lhe foi importante, talvez pela felicidade que teve ou mesmo pelos desastres carmicos que criou ou ainda até para mostrar as suas conquistas de resgates, como no caso do cego, que hoje não é mais em função de ter resgatado esse defeito. Mas estereotipo todas as entidades têm. FMG
    Claudio Henrique:
    1) Esta falange está ligada a quais entidades ?
    Resposta: não estão ligados a nenhuma entidade. Eles é que formam a falange.

    2) Podem se vincular aos Pretos Velhos já que após a escravidão uma boa parte dos ex-escravos foram para a mendicância
    Resposta: Não vejo nenhuma ligação ou vinculo com os Pretos Velho, principalmente porque os mendigos sempre existiram em todos os lugares do mundo.
    3) Porque as linhas neutras não riscam ponto, não podem riscá-los, e se o fizerem ?
    Resposta: Não sei responder. O ponto importante seria o individual, mas eles não demonstram preocupação com isso. Alguns boiadeiros e mesmo ciganos costumam vez ou outra riscar pontos,mas sempre de linha. Alguns boiadeiros têm ponto individual, principalmente o Caboclo Boiadeiro. Mas isso nós vamos discutir futuramente.FMG

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  29. E superior ao meu também! e por isto peço a eles luz a todos nós!Saravá!

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  30. Mucuiu Painho!

    Tema interessante, deu-me vontade de sair do conforto de leitora e postar algo.
    Mendigos, pedintes(os encarnados), sao figuras que nos acostumamos a ver na cidade de Salvador. Fingimos as vezes nao enxergar, pois a diferença social é tao grande, que acredito, fica mais facil agir assim do que justificar o injustificavel.
    Se quisermos ver a Salvador que o turista nao vê, basta estar as sextas feiras ao meio dia na praça Joana Angelica, em frente à igreja de Santo Antonio, aonde os mendigos da regiao aguardam ansiosamente a sopa doada pelos fieis ao Santo. Esperam com uma lata velha de extrato de tomate,no passeio em frente à igreja, que fica ao lado do Shopping...
    Tambem a sopa das seis da tarde, la no centro espirita do Campo da Polvora, todos os dias.Começam a chegar as quatro, para nao ficarem sem o alimento.
    A noite podemos passear, de carro, claro, e observar o mundo marginal que começa a se formar.Papeloes, fogueirinhas improvisadas, catadores de lixo com a cabeça baixa "fuçando" como animais, os montes, dos excessos deixados pela populaçao consumista (incluindo esta que escreve).
    Nada de diferente das outras grandes cidades, e nenhuma novidade o que relato. Sou somente mais uma sensivel e impassivel observadora do povo das ruas.
    Mas conheço um cara que nao se contentou em dar esmolas, em reclamar, ou mesmo em somente escrever protestos bonitos. O Enrique se infiltrou no meio do povo das ruas, sentiu o que eles sentem, comeu o que eles comem, ou melhor, nao comeu, pois nao tinham o que comer,dormiu nos papeloes das ruas de Salvador e conseguiu entender este mundo. Gostou tanto, que esta ate hoje junto a eles, numa batalha sem tregua contra a falta de dignidade.
    Tudo o que eu escrever sobre a Comunidade da Trindade e sobre o jornal Aurora de Rua, sera nada para expressar a importancia do trabalho do Enrique e seus amigos.
    Deixo no entanto o endereço dos sites para que possam entender um pouco mais:
    www.panoramio.com/photo/(explica um pouco do trabalho da comunidade de Enrique)
    www.auroradarua.org.br/(fala sobre o jornal que a comunidade faz circular hoje em Salvador, ja fruto do trabalho da comunidade)
    Obrigada Pai Fernando, por postar um assunto tao interessante, que me deu a oportunidade de falar deste Enrique, meu amigo querido, provavelmente um filho de Oxala, que sabe levar acalanto, amor e fé às pessoas que realmente precisam.
    Aline

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  31. Ouso ainda transcrever uma poesia do Enrique, aonde consegue com sua extrema sensibilidade repassar um pouco do seu amor pelo mundo, atraves de palavras (esta poesia esta no site da aurora de rua):
    Aline


    "Aurora da Rua

    Nestas noites das noites da rua, eu canto a aurora...
    Nestas noites escuras sem lua, eu canto a aurora...
    Um sorriso de dor, a ternura... Aurora da Rua...

    Aurora da Rua... Aurora da Rua...

    Papelão, cobertor, nas calçadas, eu canto a aurora...
    Nas marquises, viadutos e praças, eu canto a aurora...
    Acolhida, partilha abraçadas... Aurora da Rua...

    ~~~~~~~~~~~~

    Nenhum lar, ninguém mais a seu lado, eu canto a aurora...
    Humilhado, vencido, pisado, eu canto a aurora...
    Encurvado enfim levantado... Aurora da Rua...

    Aurora da Rua... Aurora da Rua...

    Nas prisões e nas garras das drogas, eu canto a aurora...
    Adicção, dependências e morte, eu canto a aurora...
    Nesta luta, herói, tu és sóbrio... Aurora da Rua...

    ~~~~~~~~~~~~

    Na violência sem lei e sem dor, eu canto a aurora...
    Violentada... Queimado... Pavor! eu canto a aurora...
    Na ternura, partilha da dor... Aurora da Rua...

    Aurora da Rua... Aurora da Rua...

    Uma luz, no escuro, cintila... Aurora da Rua...
    Uma fé, nesta noite, ilumina... Aurora da Rua...
    O Amor, como sol, ressuscita... Aurora da Rua...




    Irmão Henrique, peregrino da Trindade

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  32. Maravilhosa dica Vanessa.Pra completar dou uma dica de filme também, que traz uma visão bem Umbandista do que é a energia na vida: Energia Pura. Conta a história de um rapaz que era feito só de energia....
    Bom, gostaria de contar mais uma história dos mendigos. Há 22 anos atrás, no dia em que conheci o pai do meu filho mais velho, ele estava me levando pra casa quando uma mendiga me parou e muito séria me falou: Aconteça o que acontecer minha filha, me prometa que você não vai casar com ele! Você está me entendendo?
    Quase casei. Se tivesse feito isto meu filho não teria as oportunidades de vida que teve e eu sofreria desnecessariamente.
    Vale aqui ressaltar que era o primeiro dia dele numa cidade que nunca tinha colocado os pés, no interior de São Paulo.
    Axé a todos!

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  33. Mucuiu Painho,

    Escreve um pouco, se puder, sobre a linha dos Boiadeiros?...Ontem foi gira Deles né?
    Sabe que meu avô foi boiadeiro e me contou historias incriveis destes que desbravaram o Brasil mata adentro.
    Tenho um especial amor por esta linha da umbanda e muitas perguntas a fazer...
    Beijo no seu coraçao!
    Aline

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  34. Este assunto faz parte de minha vida.
    Antes de mudarmos para Curitiba, isto já a mais de 20 anos, frequentava um Centro Espírita (não federado) em São Paulo e nem pensava na Umbanda.
    Estávamos, na época, querendo morar em outra cidade menor, para oferecer para nossas filhas, ainda bem pequenas, uma condição melhor de vida, quando "apareceu" a possibilidade de virmos para Curitiba, com a transferência de meu marido.
    Saulo (então, nosso médico homeopata e amigo - hoje já desencarnado), nos orientou para que fossemos ao cemitério levar flores brancas para BENTO DO PORTÃO e que ele (uma entidade que havia sido mendigo) nos ajudaria na mudança, se isso fosse o melhor para nós. Saulo ainda nos explicou que a ida ao cemitério era só para o primeiro contato com a entidade e que depois, só o fato de colocarmos flores brancas em casa, e o nosso pensamento, já o teriamos conosco.
    Um pouco constrangidos - não estávamos acostumados a ir em cemitérios - pela confiança que temos no Saulo, seguimos sua orientação.
    Muita coisa boa nos aconteceu por morarmos em Curitiba. Frequento o terreiro Pai Maneco a menos de um ano, e fico feliz em perceber que, a Umbanda me ajuda a entender melhor acontecimentos da minha vida.
    Obrigada Pai Fernando

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  35. Aline, vc já me tinha dado informações sobre o Enrique e até já tinha vista um site dele.Vou voltar e olhar com mais carinho. É impressionante o que pessoas fazem e não sabemos. E nós fazemos a caridade indo no terreiro incorporar. Deviamos ir para a rua. Vou aqui fazer uma revelação que pouca gente sabe, é sobre o Guto Mocelin, aquele moço timido que fica na corrente batendo palmas. Além dele ser diretor das Aguas Ouro Fino, hoje uma potencia do ramo, costuma andar em seu carro com o porta malas chneio de cobertores e roupas, e quando encontra esses grupos de mendigos, faz a distribuição dos agasalhos e de umas dez pizzas que mandar preparar para eles, os mendigos. Guto vc é um verdadeiro Umbandista. As pessoas deviam saber disso que estou contando. FMG

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  36. Maura, não sei porque esse nome BENTO acho que já foi mencionado no blog, só não sei quando e onde. Mas muito bonita tua história. FMG

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  37. Eu aprendi a respeitá-los imanesamente!!! Qdo fazia cursinho a noite, saía muito tarde e tinha que andar várias quadras para chegar ao ponto do meu ônibus. Algumas vezes cruzava com o pessoal na fila do sopão, por diversas vezes algum me acompanhou até o ponto que ficava ali perto. Certa noites, tinha umas 5 pessoas no ponto, estávamos em 3 amigos e chegou um senhor, ele passou por todos e parou bem na minha frente e começou a conversar, e eu a responder... qdo olhei p/ os lados o pessoal tinha se encolhido p/ longe de mim. O cara começou a cantar e eu a brincar com ele... ficou comigo até o ônibus chegar, qdo chegou me levou até a porta. Qdo entrei no ônibus os meus "amigos" rindo... e qdo perguntei pq se afastaram responderam q não queriam atrapalhar já q eu parecia estar muito à vontade. No começo estava respondendo mais por pânico mesmo, mas depois ficou tão divertido... hehehehe....
    Já dei e já ganhei tb qdo eu não tinha p/ dar... São fantásticos...
    Beijinhos, Dê

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  38. Pai, a Lu tem o livro escrito pelo Enrique. Suas memorias do tempo das ruas.Você pode lê-lo. Agora ele "adotou" a Igreja da Trindade, la na cidade baixa, uma linda igreja abandonada que a comunidade com muito sacrificio esta recuperando.
    Se algum irmao umbandista ou simpatizante do blog, quiser saber um pouco mais sobre esta linda historia de amor, pode tentar adquirir o livro. Foi lançado pelas ediçoes Paulinas e chama-se, se nao me engano, "Historias de um Peregrino".Uma maneira de ajuda-los tambem, pois a grana é revertida para o rango da galera.
    Fica tambem o convite para quem vier de ferias à Salvador, passar por la para conhecer a comu. Eles fazem trabalho bonitinhos com material reciclado.
    Painho Fernando, se você me permitir, posso postar um pouco mais sobre eles...Na verdade este topico tocou no meu coraçao, pois sempre tive vontade de divulgar o trabalho do Enrique. Seria uma otima oportunidade, ja que o blogao ta bombando!
    Beijao meu querido mestre!
    Aline

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  39. Aline, a existencia deste blog é para atender e mediar todos os assuntos relacionados com a Umbanda e a caridade. Escreva que será postado com certeza. FMG

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  40. Salve!Salve!!!
    Mucuiú Pai Fernando.

    Gostaria de saber onde podemos acender vela para esta linha!!!!! e a cor, penso ser a branca, seria isso?

    Abçs
    Marcia Cinto

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  41. Marcia, a cor da vela deve ser branca e o local o mesmo de Oxalá, ou seja, em um lugar bonito, alto, pode ser campo. Só não vá cair naquela que lugar de entrega para Oxalá é Igreja,que não é. FMG

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  42. Igreja da Santíssima Trindade dos Cativos de 1733

    Destaque para o Irmão Henrique Peregrino da Trindade um dos vencedores da segunda edição do Prêmio Jaime Wright - Promotores da Paz e Direitos Humanos . Na modalidade “pessoa”.

    Nascido na França e formado em Filosofia e Teologia, Irmão Henrique Peregrino é monge da Igreja Católica e foi morar na Igreja da Trindade, no bairro de Água de Meninos, no ano de 2000. O seu trabalho consiste em ajudar moradores de rua a recuperarem a sua identidade e auto-estima. Sua missão começou em 1989 quando, recém chegado à Salvador, resolveu morar nas ruas para poder conhecer de perto o drama das pessoas que vivem nessa situação. Até então, a sua contribuição era a de levar alimentos, cobertores, roupas e, através de orações, conforto aos desabrigados. Cerca de 11 anos depois de ter chegado à Bahia e tendo já peregrinado pelas ruas de Salvador, Irmão Henrique “adotou” um templo abandonado da Igreja Católica, na Cidade Baixa. O monge explica que a Comunidade da Trindade “é ecumênica e que qualquer um pode participar das obras, bastando, para isso, que o interessado tenha também vontade de conhecer o grupo e de atuar mais proximamente de seus membros”. “Já cheguei a recusar uma oferta de 500 kg de feijão de uma grande empresa porque a doadora não estava preocupada em se comprometer com o nosso trabalho”, justifica Peregrino.

    A Igreja da Trindade acolhe hoje 35 pessoas. Destas, três formam o corpo de conselheiros, também ex-moradores de rua que auxiliam nos trabalhos com outros necessitados. A maioria é dependente químico e tem o apoio de psicólogos, terapeutas e anônimos que, voluntariamente, colaboram com o projeto. Centenas de necessitados já foram atendidos ao longo desses seis anos.

    Irmão Henrique já sentiu também o drama de estar por trás das grades numa prisão. “Fui preso várias vezes por dormir nas ruas, em cidades desconhecidas. Mas foi bom, pois conheci o que há por dentro das celas, já que até então só ia aos presídios como visitante, não como encarcerado”, esclarece.

    A Comunidade recebe ajuda em forma de alimentos, cobertores, roupas, etc, mas a sua principal fonte de subsistência é constituída por uma caixa comunitária que arrecada dinheiro através dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo. Seus integrantes catam latas de alumínio e papelões para venderem posteriormente ou fazem peças artesanais como chaveiros, cartões etc. e realizam bazares.

    O trabalho de Henrique despertou a ira de alguns. Ele foi denunciado à Polícia Federal por estar ilegalmente no Brasil. “Nem todo mundo concorda com essa opção pelos desvalidos, houve momentos difíceis, mas sempre tive a certeza de que essa era a minha missão”, completa. O monge tem um livro publicado intitulado “Peregrinando ao encontro da Trindade”, lançado pela Editora Paulinas.

    Maria Lúcia Santos Pereira, 39 anos, uma das conselheiras e moradora da casa de acolhimento assevera todas as informações prestadas pelo monge. “Fui moradora de rua durante dois anos. Em 2001 conheci a Comunidade da Trindade, mas estou como conselheira desde o início deste ano (2006)”, diz ela. Completa ainda dizendo que reaprendeu a confiar nas pessoas, pois na rua se perde essa capacidade. “Henrique sempre me incentivou. Fiquei em tratamento em Aracaju, quando voltei pedi para trabalhar de forma voluntária e fui aceita. Aqui é um eterno aprendizado”, observa Maria Lúcia.

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  43. Ha dois anos atras, proximo à pascoa,estive em Salvador e fui visitar a comunidade da Trindade. Enrique na sua calma e tranquilidade de sempre, comentou que estava inquieto pela quantidade de alimentos que tinha armazenado, em relaçao à quantidade de pessoas que apareceriam para a ceia do domingo da pascoa, que ja é uma tradiçao por la...um motivo de festa.
    Duas semanas depois da pascoa la estava eu novamente, pois nao existe um local mais apropriado para meditar o quanto meus problemas sao pequeninos.
    Encontro entao, o meu amigo feliz. A pascoa fora perfeita.Alcançaram a meta.
    Conseguiram multiplicar o numero de visitantes para o encontro espiritual, e o que mais marcou a familia Trindade foi a doaçao: Os moradores da comunidade deixaram de cear para repartir dentre os visitantes que ainda nao conseguira, ate entao, encontrar forças para se integrar. Satisfeitos pela felicidade proporcionada, os homens e mulheres da comunidade sentiram pela primeira vez o outro lado da moeda: Ajudaram, foram uteis, doaram... Porque tiveram força e amor proprio. Porque estao, aos poucos, resgatando a auto estima... Sera que nao houve ai o "dedinho" do povo das ruas (os desencarnados)? ...Provavelmente com o aval de nosso pai Oxala!
    Sarava!

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  44. Participei de uma reuniao espiritual da comunidade, num dia de verao, no por do sol.
    Nao sei explicar a maneira de praticar a religiao do Enrique, muito embora seja um monge. Ele é do mundo! Inclusive, ficou muito feliz por mim, quando lhe contei que encontrei a umbanda na minha vida. Sem preconceitos, sem cobranças.
    Os encontros espirituais na comunidade sao belissimos. Todos em circulo sentados no chao, todos falam o que estao sentindo naquele momento, cantam, declamam... velas acesas. O altar foi todo confeccionado pelos moradores e cada qual tentou fazer objetos bonitos e significativos. A unica referencia à igreja catolica, embora morem dentro de uma, é uma pintura antiga da Sagrada Familia. E é em frente à Sagrada Familia que todos se reunem e expoem suas duvidas, alegrias, tristezas, conquistas, decepçoes...enfim, na tarde em que participei da reuniao, os raios de sol invadiam a igreja, deixando tudo alaranjado...misturava-se às cores das velas que queimavam. Foi tudo muito magico pela simplicidade da força que emenava daquele grupo reunido,rezando o "Pai Nosso" e eu abençoadamente estava la!
    Vixe Maria, Sarava mil vezes ao povo da rua, que acabei de descobrir que existe!
    Aline

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  45. Olá Pai Fernando


    Mendigos na pauta: Naquela ocasião a música "Valeu" (Pedro e Paulo Leminski) foi cantada. Seu Sete Ponteiras do Mar disse que gostou muito e pediu para que fosse cantada mais três vezes.
    Trecho da letra:
    "...Valeu encharcar este planeta de suor, valeu esquecer das coisas que eu sei de cor....
    Mesmo assim, valeu."
    Foi isso que eu senti naquela vibração: por mais que exista a dor e o sofrimento, a vida ainda é muito boa...

    Saravá
    Cris Mendes ou MCM (adorei FMC)

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  46. Pai Fernando, é possível um espírito fazer aparecer objetos? Abrir e fechar portas? As entidades tb fazem esses "fenômenos"?

    Beijinhos e obrigadinha...

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  47. Sim, sim Pai Fernando!!!Eu já sabia,mas, vale a pena lembrar a todos.

    Obgda
    Abçs Marcia Cinto

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  48. Cris, então essa musica do Leminski fará parte da linha dos mendigos. FMG

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  49. Denise, isso acontece mas já é trabalho de efeitos fisicos.Oportunamente falaremos disso.FMG

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  50. Pai Fernando acho q foi eu q mencionei esse nome BENTO...era como meu pai chamava um mendingo q ficava perto do trabalho dele, ele me trazia doces e dizia q o Bento tinha mandado para mim pq ele era meu namorado...meu pai costumava levar roupas e comida pra ele...

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  51. Pai Fernando eu queria aproveitar a deixa da Aline rsrs e perguntar tbm sobre a linha de Boiadeiros, tbm gosto mt dessa linha, queria saber se existe ou não Boiadeiras?
    Mucuiu!!!

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  52. Isamara, a linha dos boiadeiros faalaremos depois. Acho que vc podia entrar em contato com a Maura para ver se esse Bento não é o mesmo. FMG

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  53. ops..rsrs

    postei no lugar errado..

    vou fazer esse contato sim com a Maura...

    obrigada...

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  54. caraca esse negócio que a Denise perguntou acontece muito ak em casa...
    Abre porta, fecha porta, bate porta. Uma vez deram até uma porrada na porta de meu quarto, levantei eu e minha mãe na hora e não tinha nada...barulhos que parecem "arrastar" no forro de casa... caem coisas no chão sem vento... passos em volta da casa... luz apaga sozinha e de repente acende de novo... estalos (esse até é mais normal né)...
    Minhas primas tem medo de dormir ak pq falam que minha casa é mal assombrada... hehehe
    Nunca liguei pra isso... eu e minha mãe damos risada e nunca nos preocupamos ou ficamos com medo (talvez pq eu não tenha a mediunidade de ver... acho que daí ficaria com um pouquinho de medo heheheh)... sei lá. só não muita importância mesmo por achar isso tudo sei lá... de ordem física...

    Fiquei super curiosa com esse assunto...POde ser espiritual mesmo???

    pode me contar Pai Fernando que juro que vou tentar não ficar com medo hehehehe

    Bjos a todos
    Andressa Matos

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  55. Andressa:

    Não quero assustar ninguém, mas todo fenômeno, por menor que seja, tem que ser através de uma energia para criar uma força que movimentará essa força material. Ou seja, um espírito não pode movimentar um objeto, por menor que seja, um cinzeiro por exemplo, sem que tenha criado uma força para fazer esse movimento. Isso eles fazem através de uma energia chamada ectoplasma, que é tirada de alguém da casa. Então pode, quando esses fenômenos acontecem, que alguém esteja com sua saúde abalada. Sugiro que vcs falem com seus dirigentes a respeito. FMG

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  56. Eu não sabia q era tão grave assim...passei por uma situação parecida uma época, e nunca dei importancia, eu até brincava q tinha uma babá fantasma em casa, isso foi a 9 anos, o Lucas era BB, eu morava numa casa antiga, e td noite eu ouvia como se alguem estivesse fazendo as tarefas domésticas comuns, lavava a louça, varria o chão, lavava roupa...o barulhinho no tanque era ótimo para dormir, era td noite, já estava acostumada, e era só a noite depois q o Lucas dormia, de dia ele sempre ria pro nada como se alguem brincasse com ele o dia td, e eu sempre via o vulto de uma moça pela casa, me mudei qnd numa noite depois de eu contratar uma babá, eu ouvi passos fortes, como se alguem andasse batendo os pés, chegou do lado da minha cama e eu ouvi nitidamente alguem bufando...mt bravo do meu lado e foi em direção ao berço...dae eu fiquei com medo e mudei de casa...
    nunca pensei q fosse algo a se preocupar...achava td mt inofensivo...e então não era?

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  57. Alem da energia forte e os mendingos, na minha opiniao, tambem deixam uma questao, que civilizacao é essa que ainda hoje é incapaz de acabar com o preconceito, a violencia, a miseria e a fome? Que civilizacao é essa que ainda mata animais, rios, oceanos e a natureza?
    Alem das importantes questoes espirituais, qual nosso papel como cidadaos?
    abracos
    Sidney Oliveira

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  58. Oi Pai Fernando
    Depois que falei com a Isa, encontrei algumas informações sobre o Bento do Portão.

    “O culto à memória de Bento do Portão não é reconhecido pela Igreja Católica, mas a crença de que ele intercede pelos que o invocam resistiu ao teste do tempo.
    Bento do Portão nasceu na Bahia, em 29 de janeiro de 1875 e morreu em São Paulo, em 29 de junho de 1917, aos 42 anos. Em vida, tinha fama de curandeiro. Vivia nas ruas de Santo Amaro fazendo bicos ou se sentava diante das casas, à espera de um prato de comida.
    No relato dos devotos e no livro que foi escrito para contar sua vida, é apresentado como uma pessoa bondosa. Após morrer, seu túmulo virou local de peregrinação. Às segundas-feiras, ao meio dia, cerca de cem fiéis se reúnem ao redor do túmulo para rezar. A maioria pede saúde e emprego. Durante os outros dias da semana, é difícil ver o espaço vazio.

    Flores bentas
    A devota Isabel de Carvalho, de 58 anos, moradora da região de Santo Amaro, vai pelo menos uma vez por mês ao memorial. Ela conta que os devotos costumam levar uma rosa ou flor do campo que foi colocada para enfeitar o túmulo para ritos caseiros.
    O mais comum é o devoto colocar a flor em água e depois se banhar com ela. Ainda mais comum é o fiel colocar uma garrafa de água sobre o túmulo enquanto faz suas orações. Depois, a água que é considerada benta é usada para beber ou abençoar bens ou pessoas. "Cada um tem uma história, um jeito de pedir. O que você pede e não consegue não merece", afirma Isabel.
    Entre os que visitam o túmulo, não há apenas católicos. As devotas comentam que um dos principais responsáveis pela construção do memorial foi um pai-de-santo. "Em junho, ele organiza uma festa em homenagem ao Bento do Portão", afirma Isabel.

    Canonização?
    Para os devotos, o reconhecimento da santidade de Bento do Portão não é essencial. Eles contam que milagres não faltam. O primeiro indício seria que, sete anos após a morte, o corpo do morador de rua foi exumado e teria sido encontrado intacto. O primeiro milagre teria ocorrido em 2 de fevereiro de 1922. Uma pessoa que precisava amputar as pernas pediu ajuda ao santo e teve a graça alcançada, não teve de amputar a perna.
    Para Luzia, a expectativa em torno da canonização de Frei Galvão só faz aumentar a expectativa de que outros brasileiros também sejam reconhecidos pela Igreja. "O Frei Galvão merece. Mas quem sabe um dia também chega a vez de Bento do Portão?", comenta Luzia."

    Saravá a Linha dos Mendigos
    Saravá Bento do Portão

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  59. Maura, que boa essa colocação. Aqui em Curitiba nós temos a milagreira Maria Bueno. Seu tumulo sempre está cheio de gente. Às vezes eu,meio escondido na multidão e do seu Tranca. FMG

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  60. Tambem gostaria de colocar minha experiencia,ia ao meu local de trabalho um homem que vive nas ruas,ja e bem conhecido de todos,ora pedia dinheiro um lanche,mas as vezes pedia pra levar minhas sacolas ate o ponto de onibus,as pessoas olhavam co espanto e repulsa,muitas vezes falou de acontecimentos da minha vida que es não saberia interpretar com tamanha clareza,me alertava sobre perigos.
    Não conhecia a existencia dessa falange,mas hje vejo que tudo faz sentido.Como venho aprendendo com esse blog maravavilhoso.Muito axe a todos.

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  61. Olá Pai Fernando.
    Gostaria de comentar que após ler esse tópico e acompanhar mais sobre a linha dos mendigos, comecei a sonhar muito com eles...eles têm aparecido em meus sonhos em diversas ocasiões.
    Seré que estou apenas impressionada ou realmente estou tendo contato com alguns deles durante o sono?
    Abraço, Izabella

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  62. Olá Pai Fernando
    Gostaria de pedir que fosse excluído o comentário com o nome de "Vanessa Nitta" pois não fui eu quem escreveu aquilo.
    Havia comentado sobre esse filme com algumas pessoas, mas não fui eu quem escreveu este texto.
    Fiquei surpresa ao ver esse texto com o meu nome.
    grata

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  63. Vanessa, atendido o teu pedido e foi excluido o texto. FMG

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